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Negociata do governo para aprovação da PEC 32 pode custar R$ 6,16 bilhões aos cofres públicos

Negociata do governo para aprovação da PEC 32 pode custar R$ 6,16 bilhões aos cofres públicos, SISEJUFE

Diante da pressão popular e das categorias do serviço público contra a reforma que privatiza o Estado, Lira e Guedes seguem tentando garantir sua aprovação na base do toma lá, da cá

Diante das dificuldades em conseguir os 308 votos mínimos para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional 32/2020, o governo federal, na figura do ministro da Economia Paulo Guedes e agenciado pelo deputado e presidente da Câmara Arthur Lira, negocia apoios na base do toma lá da cá, tão criticado por Bolsonaro quando ainda não havia sido eleito presidente.

Apesar da impopularidade da PEC 32, o privatista Guedes segue com sua sanha de acabar com os serviços públicos destinados ao bem-estar da população. A liberação de verba no orçamento da União para contemplar o voto dos parlamentares pode chegar a R$ 20 milhões por emenda parlamentar não impositiva (que não é de execução obrigatória). As informações são da edição dessa sexta-feira (8/10) do Jornal Gazeta do Povo.

Segundo o jornal, as emendas estão sendo negociadas nos bastidores do Congresso e seriam liberadas por meio de emendas do relator do Orçamento de 2022, Hugo Leal (PSD-RJ). Paulo Guedes estaria se apresentando com como fiador da reforma administrativa, já que, no Planalto, não há muito entusiasmo por parte da articulação política do governo que sabe que a reforma traz desgaste para a tentativa de reeleição de Bolsonaro.

Um deputado governista declarou ao Jornal Gazeta do Povo que o montante de 20 milhões não se converteria em votos suficientes para reverter o prejuízo junto a seu eleiorado. Diferentes parlamentares da base do governo também rejeitariam a PEC 32, mesmo com a promessa de liberação de emendas.

Com toda essa dificuldade em relação à matéria, Arthul Lira só colocará o texto em votação quando tiver a garantia dos dois terços de votos da Casa. Muitos defendem que o Congresso só volte a tocar no tema da reforma administrativa depois das eleições de 2022.

Compromisso com o mercado

Lira e Guedes ainda devem insistir em aprovar a reforma que põe fim os serviços públicos prestados à população porque precisam cumprir as promessas feitas aos investidores que querem lucrar oferecendo serviços essenciais como de Educação e Saúde, que são garantidos a todos pela constituição federal como direito.

Para alguns opositores, melhor seria se fosse votada

Alguns deputados contrários à reforma avaliam que o melhor seria que a proposta fosse derrubada no voto em plenário. Mas, segundo o assessor parlamentar Vladimir Nepomuceno, existe o risco das traições e das negociatas. Por isso é preciso manter a pressão popular contra a reforma. Servidoras e servidores precisam continuar realizando as atividades de mobilizações e se mantendo vigilantes pela garantia de seus direitos e os de toda a população usuária dos serviços.
“Mantendo a pressão e a mobilização, é grande a possibilidade de impormos essa derrota aos defensores da reforma administrativa. O momento é crucial”, afirma o assessor em nota. Segundo ele, é preciso que seja denunciada mais essa tentativa de compra de votos de parlamentares com dinheiro público. “Não podemos deixar de denunciar mais essa farra com o dinheiro público, enquanto o presidente veta a distribuição pelo SUS de absorventes para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua, entre outras aberrações do atual governo”, diz o assessor.

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