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Sisejufe debate, nesta sexta, às 17h, os desafios de lidar com a solidão e o luto em tempos de pandemia

Transmissão, com participação de especialistas, será pelo Youtube

A pandemia de Coronavírus trouxe uma situação nova e complexa para a sociedade mundial. Não é por caso que a Covid-19 está sendo chamada de doença da solidão: a pessoa infectada precisa ficar em isolamento para evitar o contágio das pessoas próximas; quem precisa ser internado, não pode receber visitas; e no momento mais doloroso, que é quando um paciente vem a óbito, a família não pode se despedir do seu ente querido.  

Com o aumento de casos e mortes em decorrência da doença, os velórios têm sido limitados aos familiares, mesmo para quem não morre de Coronavírus. Assim, as despedidas são cada vez mais solitárias, sem o conforto de um abraço ou o amparo de um ombro amigo. Não se pode mais cumprir o ritual do luto. Toda essa situação tem impactos na sociedade. Esse é o tema que vamos discutir no programa Sisejufe Ao Vivo, com transmissão pelo Youtube, nesta sexta-feira (8/5), a partir das 17 horas. 

As convidadas para o debate são: a antropóloga e professora do Instituto Teológico Franciscano, Moema Miranda, da Ordem Franciscana Secular; a psicóloga clínica Marcelle Freitas, que faz atendimento a servidores na Serjus; e a psicóloga especializada em luto, Adriana Cavalcante, que é colaboradora na Rede de Apoio a Perdas Irreparáveis. A diretora do Sisejufe Soraia Marca mediará a conversa, em parceria com a jornalista Tais Faccioli.

Para Moema Miranda, a realidade vivida atualmente é inédita para humanidade. “É uma experiência antropológica limite, todos os povos ritualizam a passagem da morte para a vida e da vida para a morte. Ou seja, o parto e a despedida. Tem a parte física do nascimento e da morte, mas a ritualização da chegada e da saída e a ruptura desse processo, representam uma experiência antropológica rara. É preciso refletir quais são as implicações disso”, destaca a antropóloga.

Adriana Cavalcante ressalta: “falar da morte é também falar da importância da valorização da vida”.

A psicóloga Marcelle Freitas acrescenta: “em tempos de despedidas atípicas e incompletas, precisamos, como sociedade, reconhecer o rosto e a história de cada vida perdida, assim como acolher a existência de quem fica junto a essas dores e essas marcas. Precisamos construir um sentido coletivo para essa perda tão significativa porque esse luto agora é parte da nossa história e não poderemos seguir sem ele”.

A transmissão do debate poderá ser acompanhada pelo endereço: sisejufe.org.br/aovivo. Mas atenção: o link só funciona na hora da transmissão.

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