Unimed pediu reajuste de 17,39%, mas Sisejufe conseguiu negociar o percentual, que ficou bem abaixo do índice do ano passado
As mensalidades do plano de saúde oferecido pelo Sisejufe em convênio com a Unimed-Rio terão correção de 2,72%. O reajuste entrará em vigor a partir do mês de junho ou julho deste ano, dependendo do tipo de contrato dos servidores. Inicialmente, o percentual de aumento solicitado pela operadora do plano foi de 17,39%.
Durante os meses de negociação, que se iniciou em janeiro, a direção do sindicato vinha reivindicando a não aplicação de reajuste neste ano, tendo em vista a sinistralidade do contrato, bem abaixo dos 70% previstos e a possível baixa competitividade com outros planos oferecidos por Tribunais e associações. Este segundo fator foi determinante para convencer a Unimed de que não seria apropriado um reajuste tão elevado, pois isso poderia inclusive causar a saída de pessoas que teriam dificuldades em arcar com o reajuste ou quem procurasse por um plano mais em conta. A operadora também levou em consideração a parceria de longa data com o Sisejufe.
Após várias reuniões e cálculos do departamento atuarial da Unimed, ficou estabelecido o percentual de 2,72%, índice que ficou abaixo do aplicado no ano passado, que foi de 9,5%, após o sindicato ajuizar ação judicial questionando o reajuste aplicado de forma unilateral pela operadora.
O que dizem os planos de saúde
O principal argumento das operadoras para reajustar as mensalidades são os custos com assistência médico-hospitalar que, segundo as empresas, têm sido superiores à inflação. A Variação de Custo Médico Hospitalar foi de 16,9% em 2018, calculado em um conjunto de planos individuais, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O indicador reflete a variação de preços de serviços médicos e hospitalares, incluindo ainda laboratórios, clínicas, hospitais, entre outros itens.
Entre os pontos que fazem a inflação médica subir, de acordo com a Confederação Nacional de Saúde (CNS), estão a adoção de novas tecnologias, o envelhecimento da população e maior procura dos segurados de planos coletivos.
Em comparação com a inflação oficial do país – o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) – que nos últimos 12 meses ficou em 4,94, a inflação médica é bem superior. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também do IBGE, ficou em 5,07% no acumulado dos últimos doze meses.
