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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Representantes do Rio de Janeiro contribuem na construção do Calendário de Luta da Fenajufe

Debates foram feitos durante a Ampliada, ocorrida em Brasília, com representantes dos sindicatos dos estados e direção da Federação

Representantes dos servidores e servidoras do Judiciário Federal de todo o país estiveram reunidos em Brasília no dia 19 de fevereiro para construir a resistência à Reforma da Previdência e a outros ataques que o governo Temer tem feito aos trabalhadores.

Segundo a programação, as atividades seriam iniciadas por informes dos estados. O diretor do Sisejufe Amauri Pinheiro solicitou a inversão da pauta, colocando o Calendário de Luta como primeiro ponto. “Precisamos sair daqui com a luta que vai derrotar a Reforma da Previdência”, conclamou. Apesar dos argumentos de que os informes serviriam para subsidiar o debate, a proposta do representante do Rio de Janeiro foi vencedora.

Aberto o ponto de pauta Calendário de Luta, Amauri foi o primeiro a ser sorteado para falar. O sindicalista acredita que só com a mobilização dos servidores com todos os trabalhadores será possível reverter os planos do governo. Puxado pelo diretor do Sisejufe, o bordão “Abaixo a Reforma” empolgou e tomou conta do auditório do Carlton Hotel.

O delegado do Rio de Janeiro Lucas Costa aposta na união dos trabalhadores e não na negociação com os parlamentares para barrar a Reforma. “Não podemos ficar reféns da reunião de líderes, na qual eles decidem tudo.”

União deve ser uma das principais estratégias

À tarde, a diretora do Sisejufe Lucena Martins falou sobre a segunda fase de mobilização contra a Reforma. Assim como foi feito no movimento de derrubada do veto, os servidores devem ocupar o Congresso Nacional, promover caravanas e fazer o corpo a corpo com os parlamentares. Lucena informou que já foi iniciada a articulação com o sindicato dos servidores da Justiça Estadual do Rio de Janeiro e com Movimento Unificado dos Servidores Públicos (Musp) do estado. Ela acredita que com o chamamento de outros sindicatos e das centrais é possível chegar à greve geral.

“A gente não pode ter crise de identidade. Nós somos trabalhadores e estamos todos no mesmo barco. Todos vão perder (com a Reforma) sem exceção”, salientou a delegada do Rio de Janeiro Monica Santana. Ela acredita que além de trabalhar junto à categoria, é necessário levar a mensagem também para a sociedade. “Nós não somos uma casta de privilegiados.”

Monica salientou ainda o papel de cada um na ocupação das mídias sociais, já que o governo tem um pacto com a grande imprensa.  “A gente tem que se unir mais do que nunca. Sem a união de todos, a gente não tem a possibilidade de vencer.”

Após a manifestação de diversos representantes dos estados, foram feitos os encaminhamentos e resoluções da Reunião Ampliada. Os delegados discutiram a dificuldade encontrada para mobilizar a categoria e a sociedade contra as reformas. A solução indicada na tentativa de  reverter a situação foi a propaganda em rádio e TV, e a ampla utilização das mídias sociais, inclusive com transmissões ao vivo dos atos realizados. Em conjunto com o Fórum das Entidades Nacionais, a Fenajufe deve promover campanha publicitária desmistificando o discurso do governo e mostrando que a Previdência é superavitária. Também ficou definido que os sindicatos enviarão caravanas a Brasília nos dias de votação da PEC 287 na Câmara dos Deputados.

Ex-ministro no STF
Os delegados e delegadas deliberaram resolução contra a indicação do ex-ministro da Justiça, Alexandre Moraes, à vaga de Teori Zavascki no STF. Integrante de um  governo ilegítimo, como secretário de segurança do governo paulista, durante governo do PSDB, reprimiu duramente os movimentos sociais. Como ministro, assistiu inerte a explosão  da crise do sistema carcerário. Frente ao colapso da segurança pública no Espírito Santo, nada fez além de atacar as justas manifestações por reajuste salarial dos policiais militares e garantir a execução do draconiano ajuste fiscal de Temer. O texto ainda coloca a suspeita de plágio na tese de doutoramento do ex-ministro, como condição de impedimento à sua indicação.

Auxiliares
Foi definido que a Fenajufe reafirmará a defesa do reenquadramento dos Auxiliares Judiciários na revisão da Lei 11.416/06. Além disso, a Federação buscará garantir a presença de representantes do segmento nas reuniões com os diretores-gerais dos Tribunais Superiores e Conselhos, caso seja definida a continuidade da Comissão Interdisciplinar.

Gilmar Mendes
Convocação de reunião nacional dos sindicatos filiados para tratar dos ataques do ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, contra o recesso do Judiciário e a jornada reduzida na Justiça Eleitoral.

Oficiais de Justiça

O deferimento do registro sindical do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal (Sindojus/DF) e a determinação do Ministério do Trabalho para que o Sindjus/DF exclua de sua base de associados os Oficiais de Justiça, foi repudiado pelos delegados da Ampliada.

O coordenador da Fenajufe e diretor do Sisejufe, Ronaldo das Virgens, acredita que é um momento de união da categoria, pois o principal objetivo é trabalhar contra as arbitrariedades do governo Temer. “Toda forma de divisão só vem atrapalhar.” Para o dirigente, quem trabalha pra dividir, trabalha a favor do governo. Através de resolução, o plenário deliberou posição contrária à intervenção do Estado na organização do movimento sindical e sua relação com a base.

Ronaldo ainda destacou que o Sisejufe seguirá todas as determinações da reunião Ampliada e da Fenajufe. “Não permitiremos a retirada de nenhum direito”, concluiu.

 

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