Na manhã desta quinta-feira, 13/03, o Sisejufe marcou presença no Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), para acompanhar o julgamento do relatório da comissão de sindicância envolvendo o desembargador Roberto Norris. Ele é acusado de ter tido uma gestão marcada por assédio moral.
Dessa vez, assim como aconteceu em dezembro de 2024, não houve votação. Tiraram de pauta o tema a ser apreciado.
“Dia 05 de dezembro, estávamos aqui acompanhando a sessão que não deu em nada. Esperávamos que dessa vez se concretizasse a votação. Porém, parece que mais uma vez, prevaleceu o corporativismo. No início, havia quórum, mas houve inversão de pauta, outros temas foram discutidos na frente e a reunião se estendeu por quase quatro horas. Com isso, na hora desse item da pauta ser chamado, já não havia mais quórum, ou seja, ele não pôde ser apreciado, de novo. Lamentável isso. Vamos continuar atentos e, quantas vezes remarquem, estaremos aqui acompanhando. Caso de assédio precisa ser apurado com celeridade, não importa quem sejam os envolvidos. Por isso, enquanto sindicato, nos manteremos vigilantes no acompanhamento do caso”, afirmou Ricardo Quiroga, vice-presidente do Sisejufe e servidor do TRT1 Lavradio
Rosana Mattos, representante de base do Sisejufe e servidora do TRT1 Sede se mostrou decepcionada com a situação: “Foi com muita insatisfação que recebemos a notícia do novo adiantamento da análise de um processo tão importante. Acusações relacionadas a suposta prática de assédio moral, que afetam diretamente a saúde mental dos envolvidos, devem ser apuradas rapidamente, sob pena de gerar insegurança e desconfiança nas supostas vítimas e seus iguais e riscos de perpetuação da cultura de assédio e intimidação, permitindo que os responsáveis continuem a agir impunemente”.
O advogado do sindicato, Deleon Fernandes, também acompanhou a sessão.
Esse foi o primeiro Pleno presidido pelo desembargador do trabalho Roque Lucarelli Dattoli, novo presidente do TRT1, que tomou posse no cargo, no dia 23 de janeiro.
Saiba mais:
Após denúncias de servidores em relação à conduta do desembargador Roberto Norris, o departamento de saúde do Tribunal solicitou investigação e a Presidência instaurou Comissão de Sindicância formada por três desembargadores. Foram ouvidas testemunhas, entre servidores e ex-servidores da unidade, além de analisados documentos, e a Comissão concluiu que Norris adota, ao menos desde 2013, método de gestão calcado no assédio moral. Alguns servidores precisaram de afastamento para tratamento médico, além de várias substituições, provocando movimentação atípica de pessoal por anos.
Veja AQUI, matéria publicada no site do Sisejufe sobre o Pleno do dia 05/12.
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