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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Reajuste salarial: Sisejufe busca garantir a retomada do diálogo com Planalto

Mais diretoras do Sisejufe à frente da luta

Tais Faccioli*

Uma comissão formada por dirigentes do Sisejufe, Sindjus-DF e Sindiquinze foi recebida no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta terça-feira (3/03) pelo assessor especial da Secretaria Geral da Presidência da República, José Lopez Feijó. A pauta tratou do reajuste salarial dos servidores do Judiciário Federal. O encontro foi intermediado pelo diretor-presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves e teve, ainda, a participação de Edson Mouta, também dirigente do Sisejufe. Além deles, também estiveram presentes Cledo Vieira e Jailton Assis, do Sindjus-DF e  José Aristéia, do Sindiquinze.

Comissão dirigentes sindicais foi recebida no Palácio do Planalto pelo assessor especial da SGP, José Lopez Feijó

Comissão de dirigentes sindicais foi recebida no Palácio do Planalto pelo assessor especial da SGP, José Lopez Feijó

“Nós criamos uma agenda política. Fizemos um retrospecto das nossas negociações salariais e mostramos que de 2008 a 2013 não tivemos nada de aumento. Explicamos ainda que o fato de não ter havido recomposição levou a perdas salariais da ordem de 40%. O importante é que entre algo na LOA este ano, mesmo que seja 1% da folha do Judiciário e o restante do reajuste seja parcelado”, apontou Valter Nogueira, informando, ainda, que o assessor José Luiz Feijóo se comprometeu em conversar com o ministro Miguel Rosseto, da Secretaria Geral da Presidência – apontado como o ministro que está mais próximo da presidenta Dilma Rousseff – para tentar abrir um canal de negociação.

Protesto dos indignados
Antes da reunião, centenas de servidores com roupas e guarda-chuvas pretos tomaram as ruas da capital federal na Marcha da Indignação. O movimento teve por objetivo cobrar a inclusão dos recursos necessários aos PL 7919 e 7920 no Orçamento de 2015 (PLOA).

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Servidores do Rio de Janeiro participam da Marcha da Indignação pelas ruas da capital federal, ao lado do SindjusDF e Sindiquinze

A caminhada, liderada pelo Sisejufe, Sindjus-DF e Sindiquinze, partiu da Catedral de Brasília e  parou em frente ao Congresso Nacional, onde os manifestantes criticaram o descaso dos parlamentares com a situação da categoria. “Esta é a Marcha da Indignação porque só os dignos podem se indignar. Estamos há mais de oito anos sem reajuste salarial. O projeto (PL 7920) que está no Congresso visa corrigir essa injustiça. Para o aumento de salário do Executivo, Legislativo e Judiciário basta uma canetada. Já o aumento para os servidores é sempre uma via crucis”, ressaltou o diretor Edson Mouta.

Marcha Foto Joana D'Arc - Fenajufe

Diretoras do Sisejufe na frente de luta

 Do Congresso, o grupo partiu em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF). A área estava isolada por grades, que foram retiradas pelos servidores. Houve um princípio de tumulto quando a polícia tentou impedir a ação dos manifestantes. Ocupando a frente do STF, eles fizeram um “apitaço” e gritaram palavras de ordem contra o ministro Ricardo Lewandowski. Depois, deram um abraço simbólico no prédio do Supremo.

marcha 5

Manifestantes são atingidos por gás de pimenta em momento tenso da Marcha da Indignação, na frente do Palácio do Planalto

A Marcha da Indignação terminou em frente ao Palácio do Planalto, onde os servidores foram recebidos com gás de pimenta. As diretoras do Sisejufe Fernanda Lauria e Sonia Regina Rezende foram tratadas com truculência por policiais. Na reunião com os dirigentes sindicais, o assessor José Lopez Feijó pediu desculpas pelo incidente. Mas explicou que a guarda presidencial só atua dentro do Palácio do Planalto. Na rua, onde o protesto ocorreu, a responsabilidade é da polícia militar estadual.

Além de Valter, Edson, Fernanda e Sônia, a delegação do sindicato do RJ contou ainda com os diretores Denison Vieira, Neli da Costa Rosa, Alexandre Graciano dos Santos e o sindicalizado Emanuel Jorge Rodrigues.

Votação do orçamento é adiada no Congresso
Por falta de quórum, a oposição derrubou a sessão do Congresso Nacional em que seria votado o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2015 na noite da terça-feira (3/03).

Agora, os parlamentares só poderão analisar a LOA depois de votar o veto presidencial ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, que passará a trancar a pauta a partir desta quarta-feira (4/03).

No Rio servidores também protestam
Foi o caso dos trabalhadores da Justiça Federal de São Gonçalo, que se vestiram de preto durante a manifestação programada para Brasília e assim permaneceram, acompanhando o desenrolar da Marcha da Indignação.

Servidores da Justiça Federal em São Gonçalo participam à sua maneira.

Servidores da Justiça Federal em São Gonçalo participam à sua maneira

* Da Redação

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