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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Carnaval da alegria e da inclusão: Sisejufe participa do desfile da Embaixadores da Alegria, primeira e única escola de samba do mundo voltada para pessoas com deficiência

Parceiro desde 2019, sindicato, com muito orgulho, patrocinou mais uma vez as camisas da bateria da escola; servidores sindicalizados, que participam do curso de percussão Batuque na Justiça, integram a bateria da escola. Desfile foi emocionante!

Como dizem, a Embaixadores da Alegria é mais do que uma escola de samba, é uma escola de vida. É a primeira e única escola de samba do país com acesso às pessoas com deficiência. Há 16 anos, ela abre o desfile do sábado das campeãs, na Marquês de Sapucaí, levando para a Avenida um carnaval verdadeiramente democrático e inclusivo.

Para o Sisejufe, ser parceiro desse projeto potente, lindo e necessário é muito orgulho e alegria. Em 2024, mais uma vez estivemos juntos na Marquês de Sapucaí e foi lindo!

É que os servidores sindicalizados, que participam do curso de percussão Batuque na Justiça, integram a bateria da escola, comandada por Mestre Riko, da Fina Batucada, uma bateria majoritariamente feminina, que tem aula ao longo do ano na Escola de Músicas Villa Lobos, no Centro do Rio.

Todos disseram: o desfile, que aconteceu no início da noite deste sábado, 17/02, foi simplesmente emocionante.

Para Lucena Pacheco Martins, presidente do nosso sindicato e coordenadora da Fenajufe, é uma alegria e uma responsabilidade ser parceiro da Embaixadores: “Para o Sisejufe, que trabalha com a questão da inclusão, que é um sindicato cidadão, que trabalha contra todos os preconceitos, seja contra as mulheres, contra as pessoas com deficiência, contra pretos e pretas, é uma grande realização, um grande prazer estar aqui hoje porque a Embaixadores da Alegria é a Escola que vai mostrar o povo em geral. Não é só aquela beleza que o Carnaval em geral mostra, das mulheres esculturais com suas plásticas maravilhosas. Aqui a gente mostra que a gente é de verdade, de carne e osso, com belezas e deficiências. Então, pra gente é muito significativo o sindicato estar aqui participando nesse momento e contribuindo pra botar na Avenida a realização desse desafio lindo, maravilhoso e de fato inclusivo a todos e todas”.

Para a diretora Anny Figueiredo, da Secretaria de Mulheres do sindicato, é sempre emocionante vivenciar esse momento único de beleza, potência e inclusão: “Eu sempre bato nessa tecla: poxa, cadê a imprensa mostrando toda essa beleza e potência que é o desfile da Embaixadores da Alegria? Cadê? Era para todo mundo querer mostrar essa beleza que acontece aqui, contar o que se faz para botar esse desfile na Avenida. É o carnaval do amor, da superação, da resistência. Tenho muito orgulho de o Sisejufe apoiar, acreditar e estar junto, mais uma vez, na Marquês de Sapucaí, fazendo essa beleza toda acontecer, virar realidade. O Carnaval da inclusão é lindo, gente. Emocionante!”.

A diretora Carla Nascimento fez sua estreia no desfile da escola e se disse encantada com tudo o que viu e sentiu na Avenida: “Nossa, superei as expectativas, viu? É de uma lindeza sem tamanho. Estou encantada. Já vou entrar no curso de percussão do Batuque na Justiça e ano que vem quero sair desfilando na bateria da escola, também.”

Para Helena Cruz, coordenadora do Departamento de Cultura do Sisejufe, o sindicato está de parabéns por apoiar mais uma vez a Embaixadores da Alegria: “Apesar de não ser minha primeira vez, como é para a Carla (diretora), sempre me emociono como se fosse a estreia. A Marquês de Sapucaí tem uma energia incrível, isso é fato, mas a Embaixadores da Alegria potencializa ainda mais essa emoção de estar aqui. É um carnaval inclusivo em sua essência. Um carnaval inclusivo de fato e de direito. É lindo ver as pessoas rompendo seus limites e curtindo o carnaval, vibrando por estar na Avenida. É lindo ver os familiares juntos, também se emocionando. Ah, é tudo muito especial. Acho que nem dá pra explicar, só sentindo, também. Aliás, já aproveito para fazer um convite a todo servidor sindicalizado: participe do nosso Batuque na Justiça, se inscreva, faça as aulas e ano que vem estaremos aqui, juntos e juntas, vivendo essa emoção de desfilar com a Embaixadores da Alegria”.

Quem também estava maravilhado era o servidor do TRE-RJ, José Haroldo Dias Xavier Júnior, que ganhou o par de convites, sorteado pelo Sisejufe, para participar do desfile. Acompanhado da esposa, Mariana Maxnuk, ele comentou a alegria de estar ali pela primeira vez: “Como não sou do Rio, nunca tive isso de torcer para uma escola de samba, mas a gente conhece, ouve falar, sabe como é, mas estar aqui realmente é muito bacana. Estou me permitindo viver e curtir muito essa experiência”.

O servidor José Haroldo e Mariana

Adriana Tangerino, também servidora do TRE-RJ, não era novata de Marquês de Sapucaí, mas no desfile da Embaixadores da Alegria era sua estreia, também, e ela estava animadíssima. Com a letra da música na ponta da língua e com o samba no pé, ela tirava foto, cantava e se emocionava com tudo o que via: “Ano que vem quero estar na bateria.”

Vera Miranda, assessora política do sindicato, falou sobre o desfile da Embaixadores e sobre a parceria com o Sisejufe: “Esse é um momento extremamente importante, onde a gente junta a cultura, a luta pela inclusão e o direito à acessibilidade plena, e impulsionados por mulheres maravilhosas, o que nos dá a potência das mulheres na arte, na música. Eu fico muito feliz que o Sisejufe seja o apoiador desse projeto tão maravilhoso”.

Gilson Baqui, também servidor do TRE-RJ, fez questão de ir, mesmo diante de uma recomendação médica: “Isso aqui para mim, desde o primeiro momento que eu vim, se tornou uma cachaça. Eu hoje nem poderia estar aqui porque estou fazendo tratamento de fisioterapia, mas eu falei para o meu fisioterapeuta: ou você me libera ou eu me libero. (risos).  Aí ele me liberou. É muito mágico”, disse emocionado.

O desfile da alegria e da inclusão

A Embaixadores da Alegria, primeira escola de samba com acesso aberto a pessoas com deficiência, comemora 16 anos, em 2024. Tradicionalmente, ela abre o desfile das campeãs do carnaval carioca.

Esse ano, o samba-enredo escolhido foi um samba reeditado de 2018, que fala sobre os super-heróis da vida real e do nosso dia a dia. “Somos todos nós heróis de uma nação. Na luta diária da vida, no meio de gente sofrida, erguida em cada profissão, serei um super-herói de plantão. Encaro um leão a cada dia e a esperança é o que me contagia“, diz a letra da música, de autoria de Léo Nunes, Silas Nascimento e Gilberto Costa.

Entre os mais de 1.500 integrantes da escola, pessoas sem e com deficiência deram um show de alegria e amor ao carnaval. Integrantes da comissão de frente da escola fizeram acrobacias com cadeiras de rodas. A rainha de bateria, Fernanda Honorato, que tem Síndrome de Down, foi aplaudida pelo público ao mostrar samba no pé e se dirigir às pessoas das arquibancadas. “A Embaixadores da Alegria é isso aí: muita alegria, pessoal. Bora sambar”, disse com um lindo sorriso no rosto.

Paul Davies, um dos fundadores da Embaixadores da Alegria e responsável pela direção de carnaval, falou sobre a dificuldade que foi fazer o carnaval 2024: “Ano passado foi um desfile complicado, mas esse ano foi ainda mais difícil. Não importam as dificuldades: a Embaixadores da Alegria sempre resiste e consegue. Estamos mais uma vez na Avenida e com um carnaval muito, muito bonito. Obrigado a todos que fazem essa magia acontecer”.

Caio Leitão, também fundador da Escola, comentou: “A Embaixadores de Alegria vem transformando o Carnaval do Rio de Janeiro no mais acessível do planeta. É o 16º desfile consecutivo aqui na Sapucaí. Então, todo ano a gente vem trazendo novos conteúdos, novas experiências para pessoas com deficiência, tudo de uma forma leve, de uma forma alegre. E esse é o papel da Embaixadores: é uma inclusão de forma sutil, de forma muito natural. É isso que a gente tenta passar e o resultado está aí na Avenida.”

A vereadora Luciana Novaes (PT-RJ), também participou do desfile da Embaixadores e falou sobre a importância de tudo o que a Escola representa: “Eu fico muito emocionada e feliz de poder estar aqui mais uma vez desfilando com eles. Ano passado, não pude, mas já vim a tantos outros. Esse ano, consegui, de novo e está sendo maravilhoso. A Embaixadores nos dá a chance de mostrar ao mundo que ser diferente é normal”.

A vereadora Luciana Novaes: “Ser diferente é normal. A Embaixadores mostram isso ao mundo, que bom!”

A passista da Grande Rio Alessandra dos Santos Silva, amputada no braço há um ano, desfilou pela primeira vez na Embaixadores da Alegria e falou sobre a alegria com que recebeu o convite: “Tenho experiência de Avenida e amo carnaval, mas desfilar pela Embaixadores da Alegria trouxe um friozinho a mais na barriga por causa da responsabilidade, né? Aliás, da representatividade que esse convite me trouxe porque é isso: quero mostrar que a gente pode e quer fazer tudo o que todo mundo faz. Nada nos limita e se limita, a gente rompe as barreiras e segue em frente, mesmo com as dificuldades”.

Alessandra, emocionada, dando depoimento sobre a emoção do desfile pela Embaixadores

A dona de casa Eliane da Rocha Araújo, moradora de Triagem, foi com a filha Alice, de 9 anos, que tem deficiências múltiplas. As duas adoram carnaval e já foram convidadas até para camarote, mas desfilar era a primeira vez: “Ela curte muito. Por isso, faço questão de sempre mostrar a alegria do carnaval a ela. Ver é lindo, mas estar aqui na Avenida, desfilando com ela, é mesmo muito emocionante. O que a Embaixadores da Alegria proporciona a todas essas pessoas é mesmo indescritível.”

Eliane e a filha Alice, momentos antes de entrarem na Avenida

A aposentada Edna Mariano, moradora de Volta Redonda, também foi com o filho, Gláucio Soares, de 44 anos. Apesar de não ser a primeira vez deles, dona Edna fala com o mesmo entusiasmo de sempre: “Viemos a primeira vez em 2011, acho. Nossa, me lembro até hoje da carinha dele ao passar pela Marquês de Sapucaí, desfilando. Ele sorria, cantava, se agitava todo. A certa hora, alguém na arquibancada gritou “que lindo” e ele virou pra lá, acenou e me falou assim: Olha, mãe, estão me chamando de lindo. Nossa, foi emocionante. O coração de mãe fica como, né? E todo ano é assim, como se fosse a nossa primeira vez, de tão mágico que é estar aqui, de novo.”

À esquerda: Dona Edna, o filho Gláucio e a irmã Patrícia

É mesmo como dizem: a Embaixadores da Alegria é mais do que uma escola de samba, é uma escola de vida.

A Embaixadores da Alegria

A Embaixadores da Alegria é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2006 por Paul Davies (britânico) e Caio Leitão (carioca). A proposta é utilizar a cultura, o samba, a arte e educação como instrumentos de inclusão social para pessoas com e sem deficiência.

Ao longo da sua trajetória, a Embaixadores da Alegria já beneficiou mais de 16 mil pessoas com seus desfiles acessíveis, oficinas de carnaval, palestras, teatro e shows.

Os componentes são foliões com e sem deficiência, pertencentes a instituições ligadas à causa. A associação dialoga com mais de 80 instituições, grupos e projetos no Brasil e no exterior.

O carnaval do Rio de Janeiro vem sendo transformado no mais acessível do Brasil com a Embaixadores da Alegria. Foram desenvolvidas logísticas, planejamentos de embarque e desembarque no sambódromo para os foliões juntamente com os órgãos públicos municipais e a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial). Além disso, ações dentro do desfile foram criadas exclusivamente para atender às necessidades e características de cada deficiência. Há um time de harmonia especial composta de fisioterapeutas, professores de educação física, psicólogos, que cuida da acessibilidade e inclusão emocional. E também um time de harmonia de carnaval, composto por profissionais experientes do mundo do samba, cuidando da evolução e da qualidade do espetáculo. Para as pessoas com deficiência auditiva, há ainda uma equipe de intérprete de Libras que traduz o samba ao vivo na Sapucaí.

 

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