por Flávio Prevot*
Depois do nascimento do modal 100-85, o pleito dos Técnicos Judiciários por valorização sempre incomodou uma parte da categoria, desde os próprios “100” até as minorias organizadas que sempre obtiveram apoio dos Técnicos em suas demandas próprias. Atualmente, porém, às vésperas do Congrejufe, não temos somente os antigos opositores, o que causa estranheza é observar a formação de uma marola, um movimento de ideias contrárias que vem dos próprios Técnicos e tem o intuito de deslegitimar a bandeira de valorização dos Técnicos Judiciários, tornando-a risível e ridícula demais para ser crida.
Alerto os Técnicos para que não se banhem nessas águas, aparentemente inofensivas, que não se rendam aos que não acreditam mais no genuíno pleito dos Técnicos e que foi aprovado depois de tanto trabalho de quem acreditou (Minha homenagem aos colegas de MG). Foram a esperança e entusiasmo que abriram caminho para que milhares de servidores Técnicos não sentissem mais vergonha de dizer o que realmente queriam.
Sem essa dose de fé não seria possível que nossa bandeira estivesse dentro de um anteprojeto da Fenajufe. Os 100-85 não são o canto da sereia e nem promessas de políticos inescrupulosos, ainda que possam ser manejados para fins e intenções espúrias, mas nenhuma ideia está livre dessas intenções, os 100-85 são nossos justos anseios de valorização sem atacar nenhum cargo. Queremos os 100, mas seremos os 85!
Os 100-85 são um grito de desespero de milhares de Técnicos para que a cúpula do PJU pare de fingir que não existimos! Nenhum pragmatismo pode impedir as pessoas de tentarem se tornar visíveis, afinal. Desmobilizar os que acreditam nos 100-85 é abafar nosso grito por socorro para Administração, é dizer que não temos o direito de pedir respeito pelo trabalho de uma vida inteira, recebendo remunerações incompatíveis com nosso valor.
Ninguém ignora as dificuldades e quer vender mentiras. Se esses existem, não fazem parte do movimento que criou os 100-85. Todos os que não aceitam desistir dos 100-85, têm o dever de gritar mais alto para que todos ouçam que os salários dos Técnicos Judiciários de nível superior estão mais do que corroídos pela inflação, estão incompatíveis com o seu real valor!
E esse grito jamais deveria ser abafado, visto como coisa de tolo ou sinal de ausência de raciocínio estratégico. Ainda que demorasse mil anos para ser ouvido, o grito contra as injustiças jamais deveria servir como objeto de piadas, deboches ou qualquer tipo de desqualificação!
É da repetição constante da ideia, da tentativa reiterada da mobilização das pessoas a favor daquilo que acreditam que se constrói um ambiente cada vez mais propício para mudança. Não se pode exigir essa mentalidade dos que não têm alma, dos que se vendem por 30 moedas.
Somente as mentes e os corações que têm a chama da esperança serão capazes de continuar pavimentando o caminho para o que é justo!
Desanimar, talvez. Desistir, nunca!
Avante, Técnicos Judiciários de Nível Superior! Rumo aos 100-85!
*Flávio Prevot é Técnico Judiciário – JFRJ
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