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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Sobre o massacre de Manaus: Crônica da tragédia social brasileira​

56 mortos, todos pretos, ou quase pretos, todos pobres, todos pobres pretos, ou pobres quase pretos. Resultado da cultura punitiva, que cresce a cada dia, onde primeiro se prende, depois se julga. E depois de preso vira resto humano, principalmente se for preto e pobre.
 
Agora o conservadorismo punitivo e fascista vai querer responsabilizar…os próprios mortos por suas mortes. Vão culpar a guerra entre facções organizadas que dominam os presídios.E o Estado, tanto o do Amazonas quanto o Governo Federal, vão se declarar vítimas de grupos criminosos organizados.
 
Ninguém assumirá a responsabilidade pela bestialidade que impera no sistema prisional. O judiciário estadual lava as mãos, e o STF já afastou a presunção de inocência e determina a prisão antes do trânsito em julgado. Que se danem os pretos, pobres, restos humanos, que se amontoam nas prisões brasileiras. Quantos presos provisórios estão dentre estes mortos?
 
Alguém acha que algum desses presos se sairá dali ressocializado? humanizado? Esse sistema punitivo, encarcerador, exterminador, de varrer o “lixo humano” (como li hoje num comentário no portal da Folha) vai resolver a criminalidade?
 
Continuam atacando o fenômeno, e não a causa, que é a brutal desigualdade sócio econômica e o paradoxo da crescente concentração da riqueza x aumento da pobreza e exclusão social, que permanecem inalteradas no Brasil. O que o golpe está contribuindo para aprofundar, e permanecer. 
Sobre o massacre de Manaus: Crônica da tragédia social brasileira​, SISEJUFE
Helder Molina
Professor da Faculdade de Educação da UERJ
Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana
Mestre em Educação, Licenciado e Bacharel e História
Educador Assessor de Formação Política e Planejamento Sindical
Facebook: Helder Molina Molina – Fone 21 99769 4933

 

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