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Deu na Imprensa: magistrados de tribunais estaduais cometem assédio moral contra servidoras e funcionárias

No TJ do Rio, juíza terceirizava sentenças às servidoras; em Divinópolis (MG), juiz ‘batizava’ funcionárias do Fórum

Nos últimos dias, duas notícias sobre magistrados de tribunais estaduais chamaram a atenção e despertaram para a situação de assédio moral sofrida por servidoras do Rio e de Minas Gerais. Casos beiram o absurdo e acendem o alerta de que precisamos estar todos atentos e atentas ao que são, sim, casos de assédio moral, violência e arbitrariedade.

No TJ do Rio, juíza terceirizava sentenças às servidoras; em Divinópolis (MG), juiz ‘batizava’ funcionárias do Fórum.

Segundo o site da revista Veja, por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, no dia 21/06, afastar do cargo a juíza Therezinha Simen Rangel Cury, da Justiça do Rio de Janeiro, por delegar os trabalhos de magistratura às servidoras do tribunal. De acordo com os conselheiros, a juíza determinava que funcionárias apreciassem os pedidos feitos à Justiça e elaborassem sentenças, que eram proferidas sem a sua presença.

Ao longo do julgamento do processo disciplinar, o relator do caso, conselheiro Sidney Madruga, destacou que “o que se vê nos autos não é a constatação de simples culpa, omissão ou negligência, mas sim uma completa indiferença pelo dever” por parte de Therezinha Cury.

Já em Minas Gerais, o juiz Ather Aguiar e o seu assessor foram afastados da Comarca de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, após serem alvo de denúncias de sete servidoras, estagiárias e ex-estagiárias do Judiciário da cidade. Um dos relatos traz uma descrição impactante sobre o “batizado” feito pelo magistrado.

Em depoimento à Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a assistente terceirizada W (fictício) conta que, ao chegar na Comarca como estagiária, passou pelo “rito” criado pelo juiz.

“Ele troca o seu nome, coloca um nome que ele acha que você parece que chama, e menciona que a partir daquele momento sua alma vai ser vendida para um determinado demônio. Nisso a gente senta na cadeira, ele colocava gravata, uma fralda na cabeça e dava a gente bolachas de arroz como se fosse corpo de Cristo. Depois dava suco de uva como se fosse sangue de Cristo.”

Segundo a assistente, o estagiário mais velho auxiliava o juiz no “batizado”. Depois das bolachas e do suco de uva, a mulher teria sido obrigada a tomar óleo de copaíba.

Para ter acesso à integra das reportagens, acesse os links:

Veja: CNJ afasta juíza do RJ por terceirizar sentenças a funcionárias

Itatiaia: ‘Eu sou o teu Deus’: juiz afastado ‘batizava’ funcionárias de fórum em Divinópolis (MG)

 

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