O pedido de suspensão do expediente nesta sexta-feira (28/4) – dia da Greve Geral – no Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT), feito pela diretoria do Sisejufe, foi negado pela administração. Em resposta ao ofício do sindicato, a vice-presidente no exercício regimental da Presidência do TRT, desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, rejeitou a proposta de não funcionamento e suspender os prazos processuais. A magistrada alegou que segue a recomendação do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) “no sentido que se mantenha o regular funcionamento das Tribunais Regionais do Trabalho no dia 28 de abril de 2017”.
O sindicato lamenta que a administração não tenha tido a sensibilidade de suspender o expediente, como o fizeram outros tribunais regionais do país. “A magistratura, a advocacia e servidores se uniram nesse clamor, entendendo a necessidade de adesão à Greve Geral, especialmente com o ataque direto à Justiça do Trabalho que teve mais uma etapa ontem com a aprovação da Reforma Trabalhista que visa a destruir direitos e garantias”, afirmou o diretor Ricardo Quiroga. O Sisejufe também repudia o ofício do CSJT, assinado pelo presidente Ives Gandra, que serviu de embasamento para negar os pedidos do Sisejufe e outras entidades. “Em um momento crítico da nossa história, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho se alinha com a agenda de retrocesso do governo Temer e prejudica o ramo do Judiciário que representa. Nos dizeres de José Martí, ver um crime com calma, é cometê-lo”, complementou.
Em ofício, o sindicato havia pedido apoio à mobilização contra os ataques aos direitos dos trabalhadores, promovidos pelo governo por meio das reformas da Previdência e Trabalhista e em defesa da Justiça do Trabalho. No documento, o Sisejufe solicitou o adiamento de prazos em um dia útil e ponderando a dificuldade de locomoção dos servidores, tendo em vista que sindicatos ligados ao transporte público estão aderindo à Greve Geral em 28 de abril.
Fonte: Imprensa Sisejufe
