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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Sisejufe manifesta pesar e tristeza pela tragédia ocorrida em Santa Maria

Segundo informações da Fenajufe, dentre as 231 vítimas do incêndio da boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, estão três servidores do Judiciário local e a filha de dois servidores.

Segundo informações da Fenajufe, dentre as 231 vítimas do incêndio da boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, estão três servidores do Judiciário local e a filha de dois servidores.

O Sisejufe manifesta seu pesar pela tragédia e a cada um dos familiares das vítimas.  Toda a nossa solidariedade aos amigos e às famílias daqueles e daquelas que foram vítimas desse episódio que provoca grande tristeza e comoção em todo o Brasil.

No domingo, 27 de janeiro, o jornalista e publicitário Fabrício Carpinejar, publicou em seu blog o texto chamado “A maior tragédia de nossas Vidas”. Uma síntese do que muitos sentem e sentiram ao acompanharem sobre o incêndio. Reproduzimos o texto abaixo narrado pela apresentadora Fátima Bernardes:

“Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.

A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.

Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.

As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.

Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.

Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.

Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.

Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.

Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.

Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?

O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.

A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.

Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.

Mais de duzentos e quarenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.

Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.

As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.

Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.

As palavras perderam o sentido”.

 

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