O Sisejufe se juntou a algumas entidades, na sexta-feira (3/4), para levar esclarecimentos sobre prevenção ao Coronavírus para pessoas em situação de rua do centro do Rio. O grupo distribuiu uma cartilha ilustrativa, idealizada pelo urbanista Eric Gallo, que foi impressa com apoio do sindicato. A diretora Eunice Barbosa e a assessora política Vera Miranda percorreram vários pontos onde as pessoas em situação de rua costumam frequentar para receber alimentos. “O sindicato, cumprindo sua responsabilidade social e humanitária, entendeu por bem apoiar essa iniciativa porque as pessoas em situação de rua, de uma hora para outra, se viram abandonadas, nas ruas desertas, sem qualquer informação sobre o que estava acontecendo. Por isso, decidimos voltar nosso olhar para essa população”, esclareceu Eunice.
Também participaram da ação Helena Gomes das Chagas, da comissão Arquidiocesana da Pastoral da População de Rua; Antonio Toste, do projeto Semeadores de Esperança; e as profissionais da Prefeitura do Rio, Marta Cascon e Neide Braga, além de representantes de alguns coletivos. “Essa cartilha é importante porque vai dar um alívio para esse povo que se sente tão abandonado. Esse trabalho da pastoral atinge todas as paróquias da Arquidiocese do Rio e as dioceses de outros municípios do Estado”, afirmou Helena.
A cartilha traz orientações para a prevenção, informações sobre sintomas da doença, o que fazer em caso de suspeita e direcionamento a hospitais para pronto atendimento, além de uma lista com redes de apoio, como lugares para se alimentar e tomar banho. São quatro páginas produzidas com ilustrações de fácil entendimento e na linguagem usual do grupo – um recurso que teve o apoio de uma ex-moradora de rua, reinserida socialmente e que se uniu ao programa.
“Essa iniciativa partiu da experiência de observar a cidade na sua totalidade. Os comércios fecharam, as ruas ficaram sem vida e as pessoas em situação de rua ficaram sem assistência básica como alimentação, higienização, entre outras coisas. E eu percebi que as pessoas começaram a querer ajudar, mas sem uma orientação por parte do poder público. Eu propus a ideia da cartilha para um grupo de urbanistas e, em pouco tempo, vários se mobilizaram para colaborar. O trabalho também contou com a contribuição de médicos, outros profissionais da saúde, jornalistas e sociedade civil”, explicou Eric.
A cartilha também terá uma versão para voluntários, disponível em formato digital, com orientações técnicas sobre como informar a população de rua a respeito da pandemia e cuidados a serem considerados no processo de preparação de alimentos e outros produtos para doação, na organização para distribuição e na entrega. Além desse projeto, o Sisejufe está engajado na campanha “Fique em Casa e apoie quem não tem casa”, também em parceria com a Arquidiocese do Rio, que visa receber doações para compra de alimentos, água e materiais de higiene para essas pessoas. Nesta terça-feira (7/4), às 17h, o sindicato vai promover uma Live no Youtube com o tema: Coronavírus e população de rua: como eu posso ajudar? Veja neste link os detalhes.