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Marcha das Margaridas 2023: Fenajufe compõe organização da maior mobilização feminina do País

Sisejufe estará presente nesta 7ª edição, que será realizada nos dias 15 e 16 de agosto em Brasília

Neste ano, a Fenajufe se somou à outras entidades como a Central Única dos Trabalhadores, (CUT), Confederação Nacional das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Movimentos de Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra, (MST), entre outras na construção da sétima edição da Marcha das Margaridas.

As coordenadoras da Federação e diretoras do Sisejufe Lucena Pacheco e Soraia Marca foram representadas pela funcionária Patrícia Tavares na reunião organizativa, ocorrida na última quinta-feira (11), na sede da Federação.

A Marcha das Margaridas é uma das mais importantes atividades e mobilização política dos movimentos de mulheres na América Latina. De protagonismo feminino, a marcha reúne mulheres do campo, da floresta, das cidades e das águas.

Com o lema “Margaridas em Marcha pela Reconstrução do Brasil e Pelo Bem Viver”, mulheres do Brasil inteiro se organizam para ocupar as ruas da capital do País nos dias 15 e 16 de agosto. A reunião sinalizou que são esperadas 200 mil pessoas na marcha.

Além da Fenajufe, o encontro contou com 26 mulheres representantes de organizações como “Levante Feminista contra o Feminicídio”, “Borda Luta”, “Secretaria de Mulheres da CUT”, “Marcha Mundial de Mulheres”, (MMM),” União da Juventude Socialista” (UJS),” Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), Coletivo Democracia e Luta (servidoras do PJU e MPU), Secretaria de mulheres do PSOL, Secretaria Agrária do PT/DF, “Núcleo Marisa Letícia”, entre outras.

A Fenajufe estuda participação nas atividades que antecedem a marcha que estão sendo construídas pela organização. Nesse sentido considera importante o engajamento dos sindicatos nas atividades pré-marcha nos estados e que se mobilizem para enviar o maior número possível de representantes para a marcha em agosto. O Sisejufe participou da edição anterior e já se organiza para a atividade deste ano. Em abril, o sindicato realizou uma live para apresentar à categoria o planejamento para o evento. (assista AQUI)

A marcha é também um ato político que busca dar mais visibilidade, reconhecimento político e social, cidadania e autonomia econômica para as mulheres. Além da luta por igualdade e liberdade, visa, ainda, denunciar a exploração, a violência e o machismo nas sociedades do mundo inteiro.

A reunião tirou os seguintes encaminhamentos:

Participação na “Sessão Solene sobre a Marcha das Margaridas

dia 19 /05: Plenário da Câmara Legislativa em Brasília – 19 horas.

Nova plenária de organização

dias 20/05 e 21/05 – Definição dos comitês organizativos no Distrito Federal.

21/05: “Ocupa Eixão Norte”: atividades pré-marcha com oficinas de bordado e atividades culturais variadas

Marcha das Margaridas:

15 e 16/08 – Brasília/DF

Origem:

Margarida Maria Alves (1933-1983) é símbolo da luta das trabalhadoras do campo por direitos.

Assassinada a mando de latifundiários, a líder sindical inspirou a criação da chamada Marcha das Margaridas, que acontece em agosto, desde o ano 2000.

Margarida nasceu em 5 de agosto de 1933, em Alagoa Grande (PB). Era a filha mais nova de nove irmãos. A família vivia na zona rural até ser expulsa das terras por latifundiários. A questão agrária fazia parte da vida de Margarida e, em 1973, ela se tornou Presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande.

Entre as lutas travadas estavam a busca pela contratação com carteira assinada, o pagamento do 13º salário, o direito das trabalhadoras e dos trabalhadores de cultivar suas terras, a educação para seus filhos e filhas e o fim do trabalho infantil no corte de cana.

Foi, ainda, responsável por mover mais de 100 ações trabalhistas na Justiça do Trabalho local que estavam relacionadas, principalmente, com grandes proprietários de terras e usineiros. Por conta da sua atuação, teve a morte encomendada por fazendeiros.

Margarida foi assassinada na porta de casa, em 12 de agosto de 1983, com um tiro no rosto, na presença do marido e da filha. Ela já vinha recebendo ameaças desde antes e, em discurso no Dia do Trabalhador daquele ano, em 1º de maio, ela declarou: “Da luta não fujo. É melhor morrer na luta do que morrer de fome.”

Em homenagem a Margarida, as mulheres trabalhadoras rurais criaram, em 2000, a Marcha das Margaridas, que se tornou a maior ação conjunta de mulheres trabalhadoras da América Latina.

Sisejufe, com informações da Fenajufe

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