Mulheres diretoras do Sisejufe marcam presença no evento “Mulheres: mais direitos é mais democracia”, no domingo, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, na Quinta da Boa Vista, bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. O encontro, organizado pelo Fórum 8 de Março, teve a participação de centrais sindicais, partidos políticos, movimentos sociais e mulheres trabalhadoras. O grupo ocupou com tendas uma área próxima ao Museu Nacional da UFRJ para passar informações ao público e apresentar trabalhos artesanais. O evento teve ainda atividades culturais e muitos discursos.
As diretoras Lucena Pacheco Martins, Adriana Tangerino, Neli da Costa Rosa e Helena Guimarães representaram o Sisejufe no evento. Lucena destacou que a busca pela igualdade de gênero é também uma das metas do Sisejufe. “Nós já saímos de casa e estamos no mundo do trabalho. Agora caminhamos em busca de uma democracia paritária, para que sejamos realmente representadas e as diferenças consideradas para a igualdade”, defendeu a dirigente sindical.
Lucena Pacheco lembra que além do país ter uma mulher na Presidência da República, há ministras, parlamentares, sindicalistas, mães, donas-de-casa e profissionais de diversas áreas, desde artesãs, médicas, engenheiras até mestre de obras. E destaca avanços como as leis Maria da Penha e a que tipifica Feminicídio, recentemente sancionada pela presidente Dilma Rousseff, que se configuram como grandes conquistas das mulheres. “Ainda que o tempo na mudança das mentalidades possa ser considerado longo, somente tais transformações consolidarão o novo papel desempenhado pela mulher no mundo. Para que haja mudança de mentalidade precisamos de novos hábitos, das ações afirmativas, que a cada instante vai deslocando o pensamente e refletindo em atitudes, adequando a novo estilo de vida com sólidas alterações de comportamento, possibilitando a disseminação da participação ativa da mulher com uma jornada mais justa, com o emprego de políticas de estado que contribuam para esse enredo, como o exemplo de creches públicas em horário integral, entre outras medidas”, afirma Lucena.
A diretora acrescentou que o Sisejufe ainda não chegou ao ideal, mas caminha nessa busca pela paridade entre homens e mulheres em sua gestão. “A atual diretoria segue esse preceito. Hoje, somos em torno de 35% de sua composição. Estamos atuando em todas as frentes, sejam nos departamentos ou núcleos que compõem a organização do sindicato. Somos vice-presidente, diretora administrativa, coordenadora de saúde, coordenadora de raça e gênero, além de participarmos dos departamentos jurídico, de cultura, entre outros. Estamos maciçamente presentes em todas as ações, representando a categoria dos servidores das justiças federais: participamos dos atos em Brasília, das passeatas, assembleias. E queremos que essa representação se amplie, aumente em número. Por isso conclamamos as mulheres das justiças federais que participem e integrem as ações do Sisejufe hoje, e, para que já na próxima eleição possamos ser 50% dos membros eleitos para a diretoria do sindicato”, concluiu Lucena.