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Dia Nacional do Braille: DAI do Sisejufe destaca importância do sistema para cidadania e emancipação da pessoa cega

Dia Nacional do Braille: DAI do Sisejufe destaca importância do sistema para cidadania e emancipação da pessoa cega, SISEJUFE

O Departamento de Acessibilidade e Inclusão (DAI) do Sisejufe celebra, nesta quinta-feira (8/4), o Dia Nacional do Braille. Este sistema de escrita e leitura é importante para garantir a inclusão das pessoas com deficiência visual.

Em nota, a Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB) lembra que a invenção da escrita, há cerca de cinco mil anos, foi uma das maiores conquistas da humanidade. Por meio de caracteres gráficos adaptados pelas diferentes civilizações, os seres humanos passaram a receber e a transmitir conhecimentos, o que foi fundamental para que atingissem o seu atual estágio de desenvolvimento. Para as pessoas cegas, porém, essa conquista só começou a se tornar real a partir do final de 1824, com a apresentação da primeira versão de um código de escrita e leitura em relevo desenvolvido pelo jovem francês Louis Braille.

Apesar de ter levado algumas décadas para ser aceito na França, antes do final do século XIX, o Sistema Braille já havia se difundido pela Europa e por outras partes do mundo, chegando ao Brasil em 1850, pelas mãos do jovem cego José Álvares de Azevedo. Em sua homenagem escolheu-se, em 2009, o dia 08 de abril, data de seu aniversário natalício, para a celebração do Dia Nacional do Braille, oficializado pela Lei nº 12.266, de 21 de junho de 2010.

Durante estes quase dois séculos, o Braille vem sendo utilizado como o meio natural de escrita e leitura das pessoas cegas, reconhecido universalmente como o único instrumento capaz de permitir que as crianças que nascem cegas ou perdem a visão nos primeiros anos de vida sejam alfabetizadas e formem conceitos sobre seres, objetos, formas e realidades que a falta da visão lhes torna inacessíveis.

O Braille é um sistema natural de leitura, ou seja, é o único sistema que permite o contato direto da pessoa cega com os textos escritos, acionando a mesma área do córtex cerebral que é ativada com a leitura visual.

Baseados nestas constatações, a ONCB alerta que cabe aos pais ou responsáveis e aos professores estimular as crianças cegas a utilizar o Sistema Braille de maneira adequada. Aos governantes, cabe oferecer os recursos indispensáveis para que isto se concretize. “Caso contrário, estaremos transformando estas crianças em analfabetos funcionais”, ressalta a nota da entidade.

Já para os adultos e idosos cegos, deve ser dado o direito de escolher o formato acessível que mais lhes convém ou agrada utilizar. Felizmente, já é possível contar com as modernas linhas Braille, que vêm sendo largamente utilizadas em muitos países e que são capazes de resolver as dificuldades de armazenamento de textos e permitem que as pessoas cegas possam ler com autonomia, independência e prazer em todo lugar e a qualquer momento.

Entretanto, o alto custo destes equipamentos ainda os torna inacessíveis para a maioria das pessoas cegas em nosso país. O diretor do Departamento de Acessibilidade e Inclusão do Sisejufe, Ricardo Azevedo, destaca a importância do sistema. “Sem a companhia deste fantástico sistema braille, o caminho para a cidadania e emancipação da pessoa cega fica praticamente inalcançável. Cultivemos e valorizemos este irretocável sistema”, diz o dirigente sindical.

Descrição da foto em destaque: imagem da mão de uma pessoa fazendo a leitura em braille

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