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CUT e demais centrais sindicais vão fazer ato conjunto dia 11 de julho

“Vamos levar às ruas, mais uma vez, a pauta da classe trabalhadora e as bandeiras dos manifestantes, que levantaram pautas nossas”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas

São Paulo – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as demais centrais sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST), além do MST decidiram, em reunião nesta terça-feira (25/06), em São Paulo, organizar atos conjuntos – dos movimentos sindical e social – no próximo dia 11 de julho em todo o país. As entidades também definiram os itens que farão parte da pauta que será levada à presidenta Dilma Rousseff, em audiência que acontece nesta quarta-feira (26/06), no Palácio do Planalto, em Brasília.

As paralisações, greves e manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios. As centrais querem também construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país dos últimos dias.

“Vamos chamar à unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais para dialogar com a sociedade e construir uma pauta que impulsione conquistas, as reivindicações que vieram das ruas à pauta da classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Segundo o dirigente, além de mais investimentos em Saúde, Educação e Transporte Público de qualidade, como os manifestantes pediram e que é também uma pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras, os atos de julho vão reivindicar o fim dos leilões do petróleo, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário, a reforma agrária e o fim do Projeto de Lei 4.330 – “esse PL nefasto que acaba com as relações de trabalho no Brasil e é, na verdade uma reforma trabalhista escondida atrás de uma proposta de regulamentação da terceirização”, de acordo com Vagner.

“O que motivou a população a ir às ruas, a princípio, foi a revogação do aumento da tarifa do transporte coletivo. Concordamos que o setor tem de ser subsidiado pelos governos, mas isso não pode impedir investimentos em Saúde, Educação e Segurança e Transporte de qualidade para a classe trabalhadora”, apontou o presidente da CUT.

Para ele, o Brasil melhorou muito nos últimos dez anos, mas a melhora foi mais da porta para dentro do que da porta para fora. “A insegurança aumentou, a piora nas condições do ensino e da Saúde está fazendo com que o trabalhador gaste as conquistas, os ganhos salariais em escola, Saúde e Segurança privadas”, justificou Vagner.

“Não fizemos as mudanças estruturais necessárias, a reforma agrária não ocorreu, o sistema político está falido, a representatividade não é democrática, as pessoas não são ouvidas, elas só elegem. A sociedade tem de controlar o trabalho dos políticos depois das eleições,” completou o dirigente.

Plebiscito

Sobre o plebiscito proposto pela presidenta Dilma Rousseff para consultar a população sobre a Reforma Política, Vagner Freitas disse que a proposta é positiva porque o povo brasileiro quer participar. Segundo ele, independentemente do debate técnico sobre a constitucionalidade ou não da consulta popular, a proposta é válida porque a sociedade tem de ter mecanismos para vigiar os políticos.

“Ouvir o povo é importante. Os governantes têm de ter esse tipo de postura – que a presidenta Dilma teve – de, durante seu mandato ouvir os eleitores, isso é democracia representativa”, disse Vagner Freitas, esclarecendo sempre que não estava falando da Constituição, de questões jurídicas e, sim, da importância de se ouvir a opinião da população.

“Votar não é dar tutela. Tem de ouvir a voz que veio das ruas e o que veio foi, principalmente, a insatisfação do povo com a prática política pequena, para dentro e não para fora. O povo não aguenta mais e quer participar”, concluiu o presidente da CUT.

O calendário de mobilizações que prevê as manifestações e paralisações no dia 11 de julho será debatido pela Direção Nacional da CUT, que se reunirá em São Paulo na próxima quinta-feira, dia 27/06. Só neste dia, a CUT vai referendar, oficialmente, a proposta.

Pela CUT, participaram da reunião, na sede da UGT, além de Vagner, Julio Turra (diretor Executivo), Valeir Ertle (secretário adjunto de Organização) e Quintino Severo (secretário de Administração e Finanças).

 

Fonte: Marize Muniz da CUT Nacional

 

Nota da CUT sobre convocação anônima de greve geral

Quem convoca greve é sindicato e não eventos no Facebook

Nem a CUT nem as demais centrais sindicais, legítimas representantes da classe trabalhadora, convocaram greve geral para o dia 1º de julho. A Executiva Nacional da CUT esteve reunida no dia 24 de junho, em São Paulo, para debater a conjuntura, reafirmar sua pauta de reivindicações e decidir um calendário de mobilizações em defesa da pauta da Classe Trabalhadora, de forma responsável e organizada, como sempre fizemos.

A convocação para a “suposta” greve geral do dia 1º, que surgiu em uma página anônima do Facebook, é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os/as trabalhadores/as, que querem confundir e gerar insegurança na população. Mais que isso: colocar em risco as conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito de livre manifestação.

É preciso tomar muito cuidado com falsas notícias que circulam por meio das redes sociais.

Fonte: CUT Nacional

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