O Estado Democrático de Direito vem sendo flagrantemente violado pela ação da Polícia Militar na Câmara dos Vereadores do Rio. Depois de ter arrombado o portão da sede do Poder Legislativo na noite de sábado (28/09) e retirado os professores na base de socos, pontapés e gás de pimenta, sem mandado de reintegração de posse, nesta segunda-feira (30/09), a PM se superou em termos de truculência.
Simplesmente partiu para a agressão gratuita e generalizada contra tudo e contra todos, jogando bombas a torto e a direito contra o acampamento dos grevistas e usando e abusando o gás de pimenta e das balas de borracha. O resultado de tanta violência foi professor com fratura exposta no pé, outro com orelha quase decepada, além de muitos feridos e presos. Sem contar que a normalidade democrática foi brutalmente afrontada, já que a sede de um poder constituído e todas as ruas do entorno foram cercadas por grades e pelo Batalhão de Choque da PM.
Em síntese, no Rio de Sérgio Cabral e Eduardo Paes, professor é tratado como bandido e as regras democráticas são violadas como se vivêssemos numa ditadura. A CUT-RJ exige a apuração desses episódios lamentáveis e a punição de todos os culpados. A central, conforme já anunciou em nota divulgada neste domingo (29/09), não hesitará em acionar a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, o Ministério da Justiça e o Ministério Público com este objetivo.
A CUT-RJ segue cobrando ainda a retirada da urgência na votação do Plano de Carreira e a retomada das negociações com a categoria. Também manifesta, mais uma vez, todo o apoio à greve dos profissionais da educação e repudia veementemente a violência do estado contra uma categoria profissional em luta.
A direção do Sisejufe também está solidária com os companheiros professores e professoras municipais contra o total arbítrio e a falta de espírito democrático do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes além da truculência da PM.