Dia 08 de março, que este ano cai na sexta-feira, é o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Para celebrar a data, mais uma vez, a Marcha Mundial das Mulheres estará nas ruas em todo Brasil e no mundo, numa grande marcha por bem viver, por democracia e por uma política de cuidados. No Rio de Janeiro, a concentração será na Candelária, a partir das 16h. O Sisejufe estará presente no ato e convoca todas as servidoras para este potente encontro.
Na manifestação, nós, Mulheres do Judiciário (e também os homens que quiserem participar são bem-vindos) nos somaremos a tantas outras mulheres para juntas pedirmos e lutarmos por uma sociedade melhor para todas e todos.
Venha você também ocupar as ruas em mais um 8 de março lindo, potente, cheio de amor, de sonhos e também de lutas!
Além do bem viver e políticas de cuidados, também levaremos outras pautas importantes como o enfrentamento à violência de gênero no ambiente do trabalho, a luta por autonomia financeira e por equidade de gênero nas relações de trabalho no Poder Judiciário.
O que a Marcha Mundial das Mulheres traz este ano:
8 de março é o dia de mostrar nossa força organizada e de afirmar a potência feminista. Nós, da Marcha Mundial das Mulheres, queremos construir um mundo com base na igualdade, justiça, liberdade, solidariedade e paz – o mundo do bem viver para todas e todos. Estamos organizadas há mais de 25 anos no Brasil e em mais de 50 países do mundo, denunciando que a pobreza e a violência contra as mulheres têm uma causa comum: o sistema capitalista, que é racista, machista, heteropatriarcal, lgbtfóbico, colonialista e destruidor da natureza. Queremos mudar o mundo e a vida das mulheres em um só movimento! Em comunidades rurais, urbanas, quilombolas, indígenas, tradicionais, do campo das florestas e das águas, resistimos aos ataques contra nossos territórios e às tentativas de destruição de nossos modos de vida. Lutamos pela garantia do bem viver, enfrentando a violência e o feminicídio, conectando pessoas, gerações, afetos e conhecimentos, praticando a agroecologia e a solidariedade. Graças à organização e à luta de muitas mulheres, alcançamos diversas vitórias. Mas ainda há muito a avançar.
Ainda somos a maioria em profissões relacionadas aos cuidados, onde os salários são menores: enfermeiras, professoras, trabalhadoras domésticas ou da limpeza. E somos a minoria em cargos políticos ou no Judiciário. Há também muita luta a fazer contra setores que representam esse sistema que gera violência e legitima desigualdades, explora nosso trabalho, precariza e destrói nossas vidas.
Mulheres por uma política de cuidados
Nós, mulheres, sustentamos a vida com o nosso trabalho doméstico e de cuidados, que vai muito além do cuidado de crianças, pessoas idosas, com enfermidade ou deficiências. Todas as pessoas precisam de cuidados: somos interdependentes. A desigualdade se materializa mais uma vez aí: as mulheres dedicam às tarefas de reprodução social quase o dobro do tempo que os homens destinam a elas. Essa sobrecarga nos estressa e adoece, física e mentalmente. Quando remunerado, o trabalho de cuidados é feito sobretudo por mulheres negras, em condições precárias, sem direitos e mal pagas. Acreditamos que esse trabalho tão importante tem que ser dividido com os homens e com toda a sociedade, por meio de políticas públicas.
É por isso que reivindicamos uma Política Nacional de Cuidados: para que recursos públicos sejam investidos na criação de lavanderias, restaurantes populares e centros de convivência para idosos, na qualidade de escolas e creches públicas, no fortalecimento do SUS, na garantia de moradia digna para todas e em políticas de assistência social que gerem mais tempo e qualidade de vida para as mulheres e bem-estar para toda a população. (trecho do jornal especial que será distribuído no dia 8/3)