No Rio de Janeiro, o pontapé inicial das mobilizações aconteceu na segunda-feira, dia 2 de junho, com a atividade “O desafio de construir o Plebiscito Popular começou!”. O evento foi realizado na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ.
O Sisejufe esteve representado pelo coordenador do Departamento de Acessibilidade e Inclusão (DAI), Ricardo Soares, que reafirmou o compromisso do sindicato com a luta por uma jornada digna e em defesa dos serviços públicos.
O encontro contou com falas de lideranças sindicais e estudantis, debates sobre a organização do plebiscito no estado e articulação de comitês locais. As bandeiras da mobilização incluem o fim da escala 6×1 e redução da jornada sem corte de salário; a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil; taxação dos super-ricos; e defesa da água como bem público.
Ricardo destacou que a construção do plebiscito é mais do que uma consulta popular — é um instrumento de resistência coletiva frente à precarização do trabalho e à concentração de renda.
“Nosso Sindicato é de lutas e não poderia estar de fora de um evento como esse da classe trabalhadora! Jornada seis por um é algo indigno que deve ser banido não só de nossa sociedade, mas da sociedade mundial. Nós precisamos combater essa lógica produtivista do sistema capitalista o tempo todo. Não somos máquina, somos indivíduos que precisamos de lazer, de cultura; precisamos amar e sermos amados”, disse.
O dirigente sindical conta que foi muito bom participar do lançamento do plebiscito popular, um evento marcado por uma presença maciça da juventude e também por ter sido na nacional de Direito, um lugar de resistência estudantil histórico.
“Fiquei feliz em voltar aqui depois de mais de duas décadas de formado. Participar de um ato desse com a presença tão forte da juventude significa perceber que a classe trabalhadora está mais forte do que nunca e que resistir à sanha do sistema capitalista é preciso e o objetivo central. Precisamos de mais de um milhão de votos, que foram os números obtidos quando da época do plebiscito da Alca no início deste século aqui no estado do Rio de Janeiro tenho certeza que ultrapassaremos estes números”, afirma.
Ricardo reforça: “O Sisejufe já está nesta luta. Já estamos tendo experiências mundo afora de até mesmo jornada quatro por três e aqui ainda vivendo neste sistema escravocrata seis por um. Pelo fim imediato deste mal e pela taxação dos super ricos para anteontem porque para ontem já está tarde”.
Saiba mais:
De 1º de julho a 7 de setembro de 2025, o povo brasileiro será chamado a responder a uma pergunta essencial: queremos continuar vivendo para trabalhar ou trabalhando para viver? Através do Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo, movimentos sociais, centrais sindicais e entidades de base mobilizam milhões de pessoas em defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salário e de uma tributação mais justa, que alivie os que ganham menos e cobre mais dos super-ricos. A meta é coletar 10 milhões de votos em urnas físicas e digitais, com duas perguntas centrais:
1. Você é a favor da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com 2 dias de descanso e sem redução de salário?
2. Você é a favor da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e aumento da alíquota para quem recebe mais de R$ 50 mil por mês?
Essa mobilização tem o objetivo de pressionar o Congresso Nacional e dar visibilidade à voz da classe trabalhadora, frequentemente ignorada nas decisões econômicas do país.
Participe do plebiscito! Organize uma urna em seu local de trabalho, divulgue nas redes, converse com seus colegas.
Crédito das fotos: Instagram do movimento Plebiscito Popular