Fechando o Dia de Lutas, o cantor Chico César fará uma homenagem a servidoras e servidores
Após uma semana intensa de mobilização em Brasília contra a Reforma Administrativa do governo Bolsonaro, servidoras e servidores já estão preparados para as manifestações do próximo período. A principal atividade acontecerá na próxima quinta-feira, dia 28, Dia do Servidor Público. A data vai marcar o Dia Nacional de Lutas do Funcionalismo das três esferas, municipal, estadual e federal. Neste dia, servidoras e servidores públicos de todo o país dirão NÃO à reforma administrativa de Bolsonaro. Será realizado um grande ato na Esplanada dos Ministérios e atividades em todos os estados. À noite, o cantor Chico César fará uma homenagem às trabalhadoras e trabalhadores do serviço público com uma live, que acontece a partir das 20h. Assim que tivermos a confirmação da plataforma, publicaremos o endereço nas nas mídias e redes do sindicato.
Ao longo da semana, a expectativa é que aconteçam paralisações em diversas categoriais, assembleias e audiências com parlamentares. Como tem acontecido desde que o governo encaminhou a PEC 32 para o Congresso, as categorias farão vigília no Distrito Federal. As atividades começam na segunda-feira (25/10) com abordagem aos parlamentares nos estados e recepção no Aeroporto Internacional de Brasília, também na terça (26/10).
Na quarta-feira, às nove horas da manhã, será realizado um ato surpresa na Esplanada dos Ministérios. Na última quarta (20/10), os trabalhadores encenaram um ataque de ‘bolsonaros’ às vítimas da pandemia, em referência à apresentação do Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que indiciou o presidente por crime contra a humanidade, extermínio, perseguição e outros atos que levaram à morte de mais de 600 mil brasileiros, desde o início da pandemia, em março do ano passado.
Chuva de dinheiro para compra de votos
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Ainda na última quarta, as categorias realizaram outra performance, dessa vez denunciando os milhões que podem ser gastos por Bolsonaro e Guedes para comprar votos de deputados e aprovar a reforma privatista.
A atividade foi feita nos arredores da Câmara. Munido de “notas” que simulavam cédulas, um boneco que caracterizado como o ministro da Economia oferecia dinheiro a atores que se passavam por deputados.
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Ao mesmo tempo, uma “chuva” de cédulas representando R$ 20 milhões para cada deputado se espalhou pelo céu. Na nota de 200 ‘bolsoliraguedes’, o aviso: “atenção, esta cédula só serve para comprar votos de maus deputados na PEC 32, da reforma administrativa”.
Pressão dificulta votação
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A avaliação da assessoria parlamentar do Sisejufe é que a PEC continue em segundo plano na pauta da Câmara até que o presidente da Casa Arthur Lira (PP/AL) consiga votar a proposta de emenda constitucional dos precatórios (PEC 5/2021) e a que altera as atribuições e composição do Conselho Nacional do Ministério Público. No momento, todos os esforços de Lira estariam voltados para a aprovação dessas emendas. Há, ainda, no colo de Lira a votação da Medida Provisória 1061/2021, que converte o Bolsa Família em Programa Auxílio Brasil.
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Isso não significa que o funcionalismo possa esmorecer na batalha contra a reforma administrativa. Ao contrário, o entendimento é de que a pressão de servidoras e servidores permanentemente em Brasília tem garantido a derrota do governo. Lira, Guedes e Bolsonaro não desistiram da PEC 32, que deve voltar à discussão entre as lideranças partidárias, em novembro.
Pelo Sisejufe, as diretoras Lucena Pacheco Martins, Soraia Garcia Marca e Helena Cruz, além da representante de base Clarisse Pacheco acompanharão as atividades da próxima semana em Brasília.