Eleitos em primeiro turno na noite de segunda-feira (1/02), em sessões presenciais no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), têm objetivos muito claros no comando das duas Casas Legislativas: retomar a agenda de reformas do governo, entre elas a PEC Emergencial (186/19) e Reforma Administrativa (32/2020). Essa movimentação põe em alerta o conjunto do funcionalismo.
Os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro conseguiram vitórias expressivas sobre seus principais adversários. No caso de Lira, venceu com 302 votos o candidato de Rodrigo Maia, Baleia Rossi (MDB-SP), que recebeu 145; no Senado, Pacheco venceu com 57 votos a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que obteve 21.
Em entrevistas antes das eleições, Arthur Lira já falava sobre a possibilidade de aprovação da PEC Emergencial e da Reforma Administrativa ainda no primeiro semestre, caso fosse eleito. Lira combinou com Bolsonaro e Paulo Guedes que vai aprovar três projetos importantes para o governo nos primeiros 100 dias à frente da Câmara.
Já Rodrigo Pacheco, à imprensa, afirmou que a Reforma Administrativa, Tributária e as PEC’s do Plano Mais Brasil 186,187 e 188/19, serão prioridades no Senado.
Abriu o cofre para ter o controle da Câmara e Senado
Bolsonaro lançou mão da “velha política” que tanto criticou e abriu o cofre antes das eleições na Câmara e Senado visando o controle das pautas em andamento no Congresso: no fim de dezembro, destinou R$ 3 bilhões, do Ministério do Desenvolvimento Regional, para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras em seus redutos eleitorais; e até 26 de janeiro, mais R$ 504 milhões de emendas parlamentares foram liberadas.
Dia Nacional de Luta
Diversas mobilizações, presenciais e virtuais, aconteceram pelo País nessa segunda (1/01), pelo Dia Nacional de Luta em Defesa da Vacina para Todas e Todos, contra a Reforma Administrativa e privatizações. Em Brasília, servidoras e servidores públicos foram às ruas em carreata pelas principais vias da capital e proximidades do Congresso. Mas, com a Esplanada dos Ministérios fechada, os trabalhadores foram barrados. No Rio, servidores fizeram mobilização virtual, projeção de imagens de luta em prédio público e panelaço.
Movimento a Serviço do Brasil
A Fenajufe e demais entidades do Movimento a Serviço do Brasil se reuniram na última quarta-feira (27) e definiram os detalhes da próxima fase da Campanha Nacional de Valorização dos Serviços Públicos e contra a Reforma Administrativa, iniciada em novembro de 2020.
Depois das eleições na Câmara e Senado, as próximas semanas serão estratégicas. O momento é de unidade de toda a categoria em defesa do funcionalismo, uma vez que governo e parlamento querem avançar com as reformas que atingem diretamente os servidores públicos e à sociedade. Só com muita luta e união a agenda de destruição promovida por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes será barrada.
Com informações de Raphael de Araújo, da Fenajufe
Fotos: Divulgação /Câmara dos Deputados e Marcos Oliveira/Agência Senado