Os ataques aos servidores públicos sem fundamentação não param. E desta vez, como em outras ocasiões, foram desferidos sem que a verdade dos fatos prevalecesse. A direção do Sisejufe repudia com veemência nota publicada pelo colunista Claudio Humberto nos portais Diário do Poder e Metrô Jornal a respeito da luta do Nível Superior (NS) para técnicos judiciários. O jornalista, conhecido no meio político como o ex-porta-voz do ex-presidente Fernando Collor de Melo, tratou a questão como “trem-bala da alegria” e “escândalo” (leia a nota mais abaixo), sem fazer o que o bom jornalismo manda: apurar os fatos com isenção e ouvir todas as partes envolvidas.
Ao não se preocupar em apurar a informação correta, o colunista afirma que a implementação do NS pode chegar a R$ 4,5 bilhões por ano, para atender cerca de 80 mil servidores. O jornalista mal informado se equivoca, sabe-se lá por qual motivo, e ignora o que sempre foi exposto pelo movimento sindical de que o NS não traz impacto financeiro algum aos cofres públicos. Vale ressaltar, que a medida não provocará qualquer salto na tabela salarial dos técnicos, que não passarão a receber como os analistas judiciários.
O Sisejufe sempre se destacou na luta pela implementação do Nível Superior. Foi o primeiro sindicato a traçar estratégias para fazer com que a proposta do Nível Superior (NS) avançasse de forma mais efetiva nas instâncias deliberativas da Administração do Poder Judiciário da União (PJU) e do Ministério Público da União (MPU). A participação efetiva de diretores do sindicato como Soraia Marca, Amauri Pinheiro, Lucena Pacheco e Ronaldo das Virgens, todos integrantes do Coletivo de Técnicos do Judiciário Federal do Rio de Janeiro (Cotec-RJ), do Sisejufe, resultou na elaboração da Carta de Teresópolis, documento que contém as reivindicações do segmento. Sem contar que o sindicato foi o único a apresentar resolução sobre o NS na Plenária de Salvador (BA), cobrando que a Fenajufe atendesse às deliberações do encontro anterior no Mato Grosso do Sul.
Mantendo o pioneirismo, o Sisejufe, por meio do Cotec-RJ, organizou o Encontro Nacional dos Técnicos Judiciários, fórum de debate que ocorreu de 20 a 22 de outubro, em Teresópolis, para tratar do tema.
Bastante representativo, contou com a participação de delegações de vários estados como Ceará, Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Sul, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal. Nos três dias de debates foram, entre outros pontos, analisadas as dificuldades para definição de desafios e novas estratégias do NS.
A direção do Sisejufe ressalta a importância da categoria estar unida e mobilizada, pelo fato de haver uma tendência de novos ataques serem direcionados ao funcionalismo público como um todo. Os próximos anos serão bem difíceis e somente com luta e determinação será possível fazer frente à calunias e informações desencontradas por parte da grande mídia.
Leia a nota de Claudio Humberto
“Dirigentes da Fenajufe, entidade de servidores da Justiça e do MPF, reuniram-se com o ministro Antonio Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), para pressioná-lo a apoiar proposta que é um escândalo: elevar a escolaridade dos técnicos de nível médio sem concurso público. O impacto do “trem-bala da alegria” pode chegar a R$ 4,5 bilhões por ano, para atender cerca de 80 mil servidores.