Nesta terça-feira, 05/03, o Sisejufe participou da inauguração da nova sala da Ouvidoria da Mulher do TRT-1. Localizada no térreo do prédio-sede do Tribunal, a sala servirá como um espaço de acolhimento, escuta ativa e orientação às mulheres que frequentam e que trabalham no TRT-1.
Para Anny Figueiredo, diretora do Sisejufe, secretária de Mulheres do sindicato e servidora aposentada do TRT1, se disse feliz com as novas instalações da Ouvidoria da Mulher porque acredita que isso demonstra a constante preocupação que o Tribunal vem tendo com essa temática: “Saúdo o TRT1 pela inauguração das novas instalações da Ouvidoria da Mulher, criada em 2022. Desejo que o novo espaço seja importante no acolhimento e na direção do enfrentamento das várias violências praticadas contra as mulheres, inclusive em seus ambientes de trabalho”.
Andrea Capellão, também servidora do TRT1, parabenizou o TRT1 pela nova sala e frisou que a criação da Ouvidoria da Mulher é uma grande conquista: “Conforme a Resolução Administrativa que a instituiu, destina-se a receber denúncias tanto do público interno – servidoras, magistradas, advogadas, trabalhadoras terceirizadas – como daquelas que deveriam receber acolhimento, mas às vezes são destratadas na Justiça do Trabalho – as partes nos processos trabalhistas. As mulheres são as maiores vítimas de assédio moral e a batalha é árdua para modificar essa situação.
O representante de base e servidor do TRT1, Filipe Gradim, que tomou posse em maio do ano passado, disse que como homem e como recém chegado à casa, considera a criação desse tipo de ferramenta essencial para ajudar a coibir os casos de violência contra a mulher: “Infelizmente, em menos de um ano de Tribunal, já ouvi alguns colegas contando casos de violências e assédios com base no gênero. Por isso, é fundamental criar ferramentas para acolher as vítimas de forma diferenciada”.
E, como representante de base do Sisejufe, fez questão de deixar um recado às colegas e a todas e todos que sofrem qualquer tipo de abuso: “É muito normal sentir dúvidas se a situação está extrapolando os limites, especialmente porque assédios costumam avançar “aos poucos” contra as vítimas, fazendo com que elas duvidem de si mesmas. Por esse motivo, queria reforçar que o sindicato está aqui pra conversar com vocês! Temos representantes de base andando pelos corredores e prontos pra escutar e acolher cada servidora e servidor que esteja sofrendo no ambiente de trabalho”, afirmou Gradim.
A inauguração da nova sala
O evento teve início no térreo, na nova sala da Ouvidoria da Mulher.
O vice-presidente do TRT-1, desembargador Roque Lucarelli Dattoli, que estava no exercício regimental da presidência, disse que o compromisso do Regional “é o de criar um ambiente de trabalho seguro, confortável e amigável, para todos que nele transitam, especialmente para as mulheres”.
A ministra do Tribunal Superior do Trabalho e ouvidora nacional da mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Maria Helena Mallmann, enfatizou a importância de espaços como a Ouvidoria da Mulher e afirmou: “Depois de tantos anos, ainda estamos aqui a lutar pela Justiça do Trabalho, por condições de trabalho dignas para as mulheres e pelo papel relevante da mulher no local de trabalho, na sua condição de mãe, e desempenhando outros papéis.”
Em seguida, a presidente do Colégio de Ouvidorias Judiciais das Mulheres (Cojum), desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), Tânia Regina Reckziegel, salientou que a porta de entrada do poder judiciário é a Ouvidoria, pois é o contato com a sociedade. E, que apesar de a instituição das Ouvidorias da Mulher em todo o país ser um trabalho recente, já tem colhido significativos frutos.
Já a ouvidora da mulher do TRT1, desembargadora Mônica Batista Vieira Puglia, afirmou que a missão da Ouvidoria especializada no atendimento a mulheres é “ser a representante das mulheres dentro do Tribunal, por meio da escuta, acolhimento e orientação a quem se sinta vítima ou tenha informações de casos de violência contra a mulher nesta instituição, atuando sempre de forma independente, imparcial e sigilosa”. Ainda segundo ela, “nunca é demais ressaltar que a Administração Pública deve se guiar pelo princípio do absoluto respeito da dignidade da pessoa humana, da valorização social do trabalho, da proibição de todas as formas de discriminação e do direito à saúde e segurança do trabalho”.
Após as falas iniciais, a ministra do TST Maria Helena Mallmann e a ouvidora da mulher do TRT-1, desembargadora Mônica Puglia, descerraram a placa de inauguração da Ouvidoria da Mulher.
Roda de Conversa
Num segundo momento, o evento continuou no auditório do 4º andar, onde houve uma roda de conversa intitulada “Violência de Gênero nas relações de trabalho – como enfrentar?”
Além da ministra Maria Helena; da ouvidora da mulher do TRT1, desembargadora Mônica Batista; e da desembargadora-presidente do Cojum, Tânia Reckziegel, também participaram da roda de conversa a defensora pública do Estado do Rio de Janeiro e Coordenadora de Promoção da Equidade Racial da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Daniele da Silva Magalhães; Elda Coelho de Azevedo Bussinger, presidente da Sociedade Brasileira de Bioética; e Ana Giselle dos Santos Gadelha, psicóloga do TRT1.
Quem quiser conferir, na íntegra, essa importante e riquíssima roda de conversa, clique AQUI.
Texto: Sisejufe com informações do TRT1.
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