Os estudantes chamaram o país para as ruas em defesa da educação e contra a agenda de desmonte nacional, que tem como principal pauta a defesa da Previdência. Mais de 100 mil pessoas lotaram a avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (30/5). Foram registradas manifestações em mais de uma centena de cidades brasileiras, acumulando forças para a Greve Geral, marcada para o dia 14 de junho pelas centrais sindicais.
O ponto de encontro do Sisejufe e do Sindjustiça foi marcado por uma grande bandeira na esquina das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, junto à Candelária. A diretora do Sisejufe Fernanda Lauria foi uma das primeiras a chegar. Para a dirigente, o tamanho das manifestações mostra que o Brasil vai dar um basta nos desmandos do que chamou de “desgoverno”. “Não vamos aceitar a pauta negativa do presidente Jair Bolsonaro com tranquilidade. Estamos nos preparando para a Greve Geral”, afirmou.
A diretora do Sisejufe Mariana Liria chamou atenção dos manifestantes para a pauta de desmonte do serviço público, não só da educação e da Previdência, mas também da Justiça do Trabalho. “O Judiciário está nas ruas, pois sem Educação não existe Justiça. Na luta que a gente se encontra!”, bradou. E reafirmou que a categoria deve estar na Greve Geral junto com os profissionais da educação, funcionalismo e trabalhadores do campo e da cidade.
“Se o povo não estiver unido, nas ruas, lutando contra essa reforma da Previdência maldita, as pessoas com deficiência e as mulheres serão massacrados”, destacou o diretor do Sisejufe Ricardo de Azevedo. Esses dois segmentos estão entre os mais prejudicados se a PEC 6 for aprovada. O dirigente, que também é membro da Associação dos deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro, criticou ainda o Governo Witzel.
Assembleia Geral decide sobre adesão à Greve Geral
O Sisejufe está convocando a categoria para a Assembleia Geral Extraordinária que vai que vai decidir sobre a adesão da categoria à Greve Geral. A votação será quarta-feira (5/6), a partir das 12h, em frente ao foro da Justiça Federal, na capital.
Neste link, disponibilizamos a fala da diretora Mariana Liria no carro de som.