O Sisejufe realizou nessa quinta-feira, 13/03, um ato de mobilização pela campanha salarial no foro da Justiça Federal, na avenida Almirante Barroso. O diretor do sindicato, Roberto Ponciano – recém-chegado de uma viagem a Brasília, em que representou a Fenajufe em uma audiência pública, na Câmara dos Deputados – informou os servidores em relação ao projeto elaborado pelo ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para criar uma carreira própria para os servidores do STF e assim poder conceder reajustes apenas a essa parcela do Judiciário federal, mantendo congelados os salários da maior parte da categoria.
De acordo com Ponciano, o intuito do projeto é desvincular o aumento de salário dos tribunais superiores dos demais servidores das Justiças federais. “Vai ter funcionário de 1ª e de 2 ª categorias. Vai ter congelamento de salário para 120 mil pessoas? Eles não se importam. É a lei de Gérson. Pouca farinha, meu pirão primeiro”, alerta o diretor.
Na sua avaliação, a gravidade da situação é de tal monta, que a categoria precisa fazer greve o quanto antes, não para obter qualquer conquista, mas para barrar esse projeto de lei. “O perigo que nos rondava não é mais uma ameaça, é real. Esse projeto de lei não é factoide, já está pronto. E representa o fim de nossa carreira. Pela primeira vez vamos ter que fazer greve para não receber aumento.Achavam que Joaquim Barbosa era um herói, mas é ele que quer congelar nossos salários”, critica Ponciano
O diretor exortou os companheiros a participarem com mais assiduidade das assembleias e atos da categoria. “Em 17 anos, eu nunca vi proposta tão nefasta. E não foi iniciativa do Executivo, nem do Congresso. Foi proposta pelo presidente do STF. Não é preocupação do Supremo ter servidores bem remunerados nos estados. Se o projeto for aprovado, é game over. É o fim de nossa carreira”, enfatizou.