O Sisejufe foi ouvido pelo RJTV, telejornal da TV Globo, em reportagem exibida no dia 3 de outubro, que tratou do afastamento liminar do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ), Roberto Norris, acusado de assédio moral contra servidores do tribunal. (Assista a reportagem neste link)
O afastamento foi determinado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), em Brasília, após o processo ter sido adiado por três vezes no TRT-RJ em razão de impedimentos e suspeições de membros da Corte. O caso teve início em 2022, a partir de denúncias feitas por três servidores. A sindicância, porém, só foi instaurada em 2024. O relatório final recomendou o afastamento do magistrado até a conclusão do julgamento.
Segundo a reportagem, o desembargador é acusado de praticar gestão por injúria e gestão por pressão, modalidades de assédio moral caracterizadas por xingamentos, humilhações e retaliações. Servidores que preferiram não se identificar relataram à reportagem situações de violência psicológica no ambiente de trabalho.
O vice-presidente do Sisejufe, Ricardo Quiroga, concedeu entrevista ao RJTV e destacou o trabalho do sindicato no enfrentamento à violência laboral e o papel do Subcomitê de Prevenção e Combate à Violência Laboral do TRT-RJ, do qual o Sisejufe faz parte.
“O subcomitê faz o debate de maneira muito ampla. Ele não passa pano em situação alguma, mas também é muito cuidadoso para que nada seja tratado de forma leviana. A gente espera que esse seja um ponto de virada, um paradigma: a partir do momento em que o tribunal pune os agressores, as vítimas passam a denunciar. Seguir a própria política de combate à violência no trabalho já é um primeiro passo”, afirmou Quiroga na entrevista.
O Sisejufe acompanha o caso de perto e reitera sua defesa de um ambiente de trabalho seguro, saudável e livre de qualquer forma de assédio, discriminação ou violência. O sindicato também reforça a importância de que todas as denúncias sejam apuradas com rigor e respeito às vítimas, garantindo que situações como essa não se repitam no Judiciário.