A direção do Sisejufe chama os servidores e servidoras à União neste momento em que a categoria é alvo de pesados ataques e ameaças aos direitos, como a proposta de reforma administrativa e outras armadilhas de Bolsonaro e seu comparsa Paulo Guedes que visam promover o total desmonte dos serviços públicos. Neste cenário, atitudes irresponsáveis e individualistas como a do Sindjus/DF, que aprovou sua desfiliação da Fenajufe, servem de munição aos inimigos. Para a diretoria do Sisejufe, o objetivo da direção do sindicato de Brasília de tentar provocar um racha nacional representa um erro estratégico, que será combatido com engajamento e luta.
O sindicato do Rio reforça o posicionamento dos demais filiados à Fenajufe que, em carta aberta, deixam claro que a unidade é fundamental na luta contra os retrocessos. Propostas divisionistas representam derrota e só levam ao isolamento.
Reação em conjunto
O documento, assinado pelo Sisejufe e outras 19 entidades, além dos coletivos nacionais, ressalta que a história de lutas por melhorias nas condições de trabalho, de salário e do próprio serviço público está ligada diretamente à atuação dos sindicatos de base e na atuação nacionalmente articulada por meio da Federação, que tem uma composição democrática e uma direção colegiada, de forma a representar o mais amplamente possível os anseios da base. “Essa organização coordenada das entidades sindicais sempre foi atacada de fora, por grupos defensores do estado mínimo, as elites financeiras e empresariais, a mídia comercial e os diversos setores conservadores da sociedade”, destaca o texto.
A carta lembra que, no último período, essa organização tem sofrido também ataques internos, como as tentativas de criação de carreiras exclusivas por órgão nos tribunais superiores. Essa política de fragmentação já deixou um importante segmento da categoria de fora do Sindjus/DF.
A publicação conjunta aponta, ainda, que o fogo amigo contribuiu para potencializar a enxurrada de ataques que a categoria tem sofrido, como a Emenda do teto de gastos e o congelamento do orçamento público por 20 anos; as reformas trabalhista e previdenciária; o não provimento de cargos e o consequente enxugamento da estrutura nos diversos órgãos; a ameaça de extinção da Justiça do Trabalho; os retrocessos nas políticas públicas de proteção social e ambiental e, na pauta da vez, a reforma administrativa que decretará o fim dos serviços públicos como os conhecemos caso aprovada.
O texto deixa evidente que é fundamental rechaçar qualquer proposta de desfiliação e isolamento, em especial diante de um governo que ataca de maneira recorrente as organizações sindicais e movimentos sociais.
Decisão questionável
É importante destacar também a duvidosa legitimidade da decisão que sacramentou a desfiliação do Sindjus/DF da Fenajufe, uma vez que o Congresso onde ocorreu a votação, no último sábado (3/10), contou com a presença de apenas 71 servidores, numa base de 11 mil filiados. Dos 71 presentes, 58 votaram favoráveis.
Vale ainda observar outro ponto relevante: houve uma assembleia que deliberou pela permanência do Sindjus na Federação, ocorrida anteriormente a esse congresso, o que demonstra total falta de respeito por parte da atual diretoria às deliberações e aos desejos de sua base em Brasília.
Diante dos fatos, o Sisejufe conclama toda a categoria a se juntar neste movimento PELA UNIDADE E CONTRA O DIVISIONISMO.