O jornal Folha de São Paulo publicou reportagem, no dia 29 de janeiro, informando que procuradores, magistrados e servidores receberam pagamentos extras atrasados em meio à crise da Covid-19. E que entidades chegaram a pedir o uso de economias feitas na pandemia para quitar dívidas.
Cabe ressaltar que as informações a respeito dos servidores não correspondem à realidade. Mais uma vez, a grande mídia tenta atacar o funcionalismo distorcendo fatos, uma vez que não se trata de pagamentos extras e, sim, passivos, que são dívidas antigas. Os pagamentos desses passivos constituem direitos dos servidores e devem ser pagos, considerando que são dívidas salariais. A assessoria jurídica do Sisejufe explica que os Tribunais reconhecem esses passivos, mas diante de orçamentos apertados, acabam remanejando para os restos a pagar e vão rolando as dívidas por anos. Quando sobram recursos, esses valores podem ser pagos, de acordo com decisão dos Tribunais Superiores.
Em outro trecho, a matéria diz que parte do Orçamento de 2020 foi poupada com a elite do funcionalismo em home office no ano passado e que órgãos da União gastaram menos com diárias, combustíveis, passagens, estagiários, entre outras despesas.
O jornal quando faz essa constatação não leva em conta que as despesas que os tribunais passaram a economizar na pandemia com luz e outros gastos, passaram a ser arcadas pelos próprios servidores no trabalho remoto. E eles continuaram a missão de atender e amparar a população. Dedicação que se traduz em números: o Judiciário foi responsável por mais de 35,5 milhões de decisões, 23 milhões de sentenças e acórdãos e 61,9 milhões de despachos durante a pandemia.
Há uma constante tentativa de criminalização de servidores e do serviço público de diversas áreas, ignorando o papel essencial para o país. Não podemos ficar calados diante de mais essa tentativa de distorção dos fatos. A verdade precisa prevalecer.