População negra – racismo, história e cultura de resistência na cidade do Rio é o tema do Sisejufe ao Vivo da próxima quarta-feira (8/7), às 18h. Os debatedores vão percorrer os caminhos da cidade, do período escravocrata até os dias atuais, por meio do patrimônio, manifestações artísticas e religião como forma de manutenção da vida do povo negro. Essa trajetória está viva, seja nas relações sociais, nas construções e monumentos e até nas placas de rua.
Participam do programa a arquiteta, urbanista e ativista das lutas urbanas, Tainá de Paula; a escritora e jornalista Eliana Cruz; e o assessor parlamentar do Sisejufe e sacerdote de religiões Afro-brasileiras, Alexandre Marques.
A mediação é da assessora política do Sisejufe, Vera Miranda, e da jornalista Tais Faccioli.
O debate é transmitido pelo Canal Sisejufe no Youtube, onde podem ser feitas perguntas pelo chat, com retransmissão pelo Facebook.
Mais informações sobre os debatedores:
Tainá de Paula – É especialista em Patrimônio Cultural pela Fundação Oswaldo Cruz e Meste em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atuou em diversos projetos de urbanização e habitação popular, realizando assistência técnica para movimentos de luta pela moradia como União de Moradia Popular (UMP) e Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST). Hoje presta assistência para o movimento Bairro a Bairro, onde atua como arquiteta e como mobilizadora comunitária em áreas periféricas.
É membro da Comissão de Gênero do CAU-RJ e atualmente é coordenadora regional do Projeto Brasil Cidades. É Conselheira do Centro de Defesa e Direitos Humanos Fundação Bento Rubião.
Representante do Brasil no Fórum 2030 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento na Tunísia, realizado em abril de 2019. Presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro.
Eliana Cruz – É pós-graduada em Comunicação Empresarial. Eleita conselheira municipal de Cultura do Rio de Janeiro na linha de literatura. Vencedora do concurso de romances da Fundação Cultural Palmares/MINC 2015, com a história baseada na trajetória de sua família, desde a metade do século 19, na África, até nossos dias. Autora na coletânea Cadernos Negros 39 (poesias) e 40 (contos), do Quilombhoje literatura. Também está no livro “Perdidas, histórias para crianças que não tem vez”, da Imã Editorial. Em 2017 foi uma das 10 selecionadas no concurso nacional de contos da editora Ciclo Contínuo, em homenagem ao editor Francisco de Paula Brito. Lançou em 2018 seu segundo romance: O crime do cais do Valongo, pela editora Malê, resgatando histórias do local que recebeu a maior quantidade de escravizadas nas Américas, em um romance histórico-policial, com toques de realismo fantástico. O livro foi escolhido entre os melhores do ano pelos críticos do Jornal O Globo e em 2019 foi semifinalista do Prêmio Oceanos. Nada digo de ti, que em ti não veja – lançado em 2020 – é seu terceiro romance e o primeiro pela editora Pallas.
Alexandre Marques – É bacharel em Direito, licenciado em História. Como sacerdote de religiões Afro-brasileira, ele trabalha a evolução do racismo através do processo das perseguições religiosas. Como o racismo se expressou nas religiões de matrizes africanas.