Negativa total, principalmente em abrir o processo de negociação pela recomposição salarial. Foi com essa afirmação que um dos representantes do Fonasefe na reunião com a equipe econômica nesta sexta-feira, 1, resumiu o resultado do encontro. Os dirigentes classificaram o encontro como “mais do mesmo”, conforme avaliou Sérgio Ronaldo (Condsef), pelo Fonasefe.
E o pior. O governo tentou ridicularizar o conjunto dos servidores e servidoras, ao escalar um desconhecido representante, oriundo do 4º escalão e que pouco ou nada entende de negociação com entidades.
Tão despreparados quanto o próprio governo, os representantes da equipe econômica tentaram dividir o movimento, insinuando que havia negociações em curso com segmentos específicos, ao que foi interrompido com a afirmação seca e incisiva: quem fala pelo serviço público federal está aqui nessa mesa.
Segundo informou David Lobão (Sinasefe), do Fonasefe, a equipe econômica discute um Aditivo ao Orçamento da União e a partir dele, poderia haver conversa com o governo. “Nós dissemos que isso não é o método correto. O método correto é discutir conosco o reajuste. E se este reajuste está atrelado ao aditivo no Orçamento, estamos dispostos a fazer nossas movimentações dentro do Congresso para que este aditivo seja aprovado”, declarou o Dirigente ao UOL Economia.
Lobão avalia também que a posição intransigente do Planalto em não negociar, deverá deixar a base ainda mais “atiçada” na construção do movimento paredista.
Representaram o ministério da Economia José Borges de Carvalho Filho, coordenador-geral de Negociação Sindical no Serviço Público e diretor interino de Relações de Trabalho do Ministério da Economia e o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Leonardo José Matos Sultani.
Diante da arrogância e o fracasso do movimento ensaiado pelo governo, os dirigentes do Fonasefe reúnem-se neste sábado, 2, para traçar os próximos passos da mobilização.
Sem propostas ou disposição para negociar ou qualquer sinalização que indicasse evolução nas discussões, a reunião com o governo, realizada numa datada enevoada pelos significados, traduziu mais uma vez aquilo que sustenta os atuais usurpadores da República: a mentira.
Fonte: Fenajufe