Cumprindo decisão da última reunião ampliada da Fenajufe, os servidores do Rio e o Sisejufe fizeram paralisações e atos na capital e interior do estado na terça-feira (10/06). No Tribunal Regional Federal (TRF) na Rua Acre, no Centro, por exemplo, pelo menos 15 servidores assinaram a lista de presença do ato que ocorreu na sede do foro. Na Justiça Federal na Avenida Almirante Barroso, também no Centro do Rio, cerca de 30 pessoas registraram participação no ato assinando o ponto paralelo.
Os diretores do Sisejufe, Ricardo de Azevedo Soares, Dulavim de Oliveira Lima Junior e Pedro Paulo Gasse Leal participaram do ato em frente à sede administrativa da JF na Almirante Barroso
O vice-presidente do Sisejufe, Ronaldo das Virgens, e a diretora do sindicato Mariana Liria fizeram panfletagem e conversaram com os servidores no TRF. Eles destacaram a necessidade do funcionalismo se engajar com mais intensidade para a aprovação do PL 6.613/09.
“Não podemos ficar esperando, ficar parados. Temos que ir à luta, participar ativamente das atividades e das paralisações convocadas pela Fenajufe e pelo Sisejufe”, conclamou Mariana.
Na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na capital, o diretor-presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, avaliou que a mobilização que a categoria vem fazendo foi capaz de barrar o projeto de carreiras exclusivas e de construir uma proposta de reajuste viável, por meio do PL 6.613/09 e que, por isso, na última assembleia, sem qualquer dissidência, a categoria deliberou por não entrar em greve por tempo indeterminado.
No entanto, ele ressaltou a necessidade de fortalecer a mobilização nesse período de articulação com as representações no Congresso Nacional para que o projeto seja aprovado. “É hora de colocarmos o governo e o Congresso contra a parede e disputá-los para que o projeto seja votado na Comissão de Finanças e Tributação”, destacou Valter.
O diretor-presidente do sindicato, Valter Nogueira Alves, destacou que é necessário fortalecer a mobilização em torno da aprovação do PL 6.613
Valter pontuou que apesar de os diretores do sindicato cumprirem o papel de passar nos locais de trabalho na capital e na Baixada Fluminense e manterem comunicação com cartórios do interior, há dificuldades em mobilizar a categoria.
“Talvez a dificuldade ocorra porque a luta direta com o governo e o Congresso ainda não foi estabelecida”, opinou, lembrando que apenas quatro dos 30 sindicatos filiados à Fenajufe deflagraram greve. Ele apontou, ainda, que a luta nos tribunais é muito mais difícil do que em outros setores e que o Judiciário precisa passar por uma democratização profunda. “Somos funcionários do Judiciário, mas ele talvez seja nosso inimigo número um. Precisamos derrotar a política do governo Dilma, mas também a intransigência administrativa dos tribunais”, afirmou.
O servidor do TRE Marcos Valério Lemos Raposo apontou que a ausência da mobilização por parte da categoria no Rio de Janeiro traz prejuízos para a luta. “É preciso que a categoria saia desse imobilismo”, disse. Para Marcos foi acertada a decisão de garantir os atos desse terça, 10 de junho. “Não sei se é o melhor cenário para greve, mas gente precisa avançar na mobilização e construir a greve”, ressaltou.
Ato em frente ao cartório eleitoral em São Gonçalo (esq.) | Servidores paralisam atividades na 254ª ZE, em Macaé
Na 254ª Zona Eleitoral, em Macaé, também houve paralisação. Em São Gonçalo, houve ato em frente ao cartório eleitoral, com a presença de servidores de todo o polo, além de servidores de Itaboraí. Parte dos servidores da Justiça Federal nos foros das avenidas Rio Branco e Venezuela também paralisaram as atividades.
Fonte: Imprensa Sisejufe
