Servidores, ativistas, representantes de base e diretores do Sisejufe aprovaram, em assembleia nesta quinta-feira (30/11), por unanimidade, a participação do funcionalismo do Judiciário Federal do Rio na paralisação marcada para o dia 5 dezembro. O protesto foi convocado pelas centrais sindicais do país contra os ataques da Reforma da Previdência que o governo Temer quer empurrar goela abaixo dos trabalhadores, retirando direitos conquistas ao longo dos anos pelos trabalhadores em geral.
Os participantes da reunião, que ocorreu em frente à Justiça Federal da Rio Branco, deliberaram que o movimento deverá ser encampado por servidores lotados na capital e no interior do estado do Rio. Também ficou acertado o engajamento da categoria em atividades, como passeatas, que forem agendadas pelo conjunto dos trabalhadores para o fim do dia na próxima terça-feira. “É de extrema importância que os servidores do Judiciário Federal participem desta paralisação em conjunto com os demais segmentos da classe trabalhadora e as centrais sindicais que convocaram a paralisação do dia 5 de dezembro”, destacou Valter Nogueira Alves, presidente do Sisejufe.
Vários servidores discursaram com duras críticas às medidas que o governo Temer vem aprovando no Congresso como a Reforma Trabalhista e a PEC do teto dos gastos e, nesse momento, da Reforma da Previdência. O diretor do sindicato Marcelo Neres disse que a sociedade deve lutar contra a corrupção e “dar um basta nesse estado de coisas que estamos presenciando”. Ele alertou que a Reforma da Previdência é interesse do sistema financeiro que visa acabar com o sistema previdenciário do país.
O também dirigente do Sisejufe Ricardo de Azevedo Soares lembrou que a assembleia é o “local aonde os servidores devem demonstrar toda a sua revolta contra as medidas do governo golpista, entre elas as reformas Trabalhista e da Previdência”. Ele convocou os servidores a participarem da paralisação do dia 5, acatando a deliberação da assembleia para depois não reclamarem que perderam direitos.
Lucas Ferreira, vice-presidente do Sisejufe, garantiu que o sindicato não medirá esforços para mobilizar a categoria para a paralisação. “O momento é de intensificarmos a resistência contra as reformas e medidas do governo golpista de Temer. Ricardo Horta afirmou que a sociedade necessita ficar atenta para o que o governo tem feito. “A ideia é reduzir o serviço público e isso afetará diretamente a população que não conseguirá mais atendimento de qualidade. Por isso, a necessidade de mobilização”, disse na assembleia.
A representante de base Anny Figueiredo ressaltou que o funcionalismo público em geral está “sob a maior onde de ataques da sua história” e estão sendo jogados contra os demais trabalhadores e a sociedade com o discurso de que são privilegiados. “Temos que nos contrapor a essa propaganda enganosa e que se não houver mobilização contra a Reforma da Previdência não haverá mais aposentadorias no futuro próximo”, advertiu a representante.
Imprensa Sisejufe