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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Senado aprova reposição salarial para o Judiciário. Agora, a luta é contra o veto. A greve continua

Diante da posição do governo que deve vetar aumento do Judiciário, a greve continua !

O Plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira (30), por 62 votos a zero, o projeto (PLC 28/2015) que estabelece reajuste escalonado para os servidores do Poder Judiciário. A proposta segue agora para sanção presidencial. A votação do projeto foi acompanhada pelos servidores da Justiça, que desde o início da tarde realizavam uma manifestação em frente ao Congresso Nacional. Com buzinaço, faixas e palavras de ordem, os manifestantes pediam a aprovação do aumento. Representantes da categoria também acompanharam a votação das galerias do Plenário.

Senado aprova, finalmente, o PLC 28/15. Categoria judiciária, que ocupou as galerias, comemorou
Senado aprova, finalmente, o PLC 28/15. Categoria judiciária, que ocupou as galerias da Casa, comemorou

A aprovação do reajuste, no entanto, não ocorreu sem polêmica. O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), chegou a apresentar um requerimento para adiar a votação da matéria, sendo derrotado. O senador disse que “ninguém questiona o direito” e a situação dos servidores do Judiciário, mas observou que a proposta atual será objeto de veto, com o risco de “começar tudo do zero”.

Conforme Delcídio, a negociação para um novo acordo sobre o reajuste, entre o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF), “já avançou muito”. O senador acrescentou que um novo projeto sobre o assunto seria apresentado antes do recesso e defendeu o adiamento da votação do reajuste.

– É uma saída racional, que cria as condições de apresentar um projeto factível – afirmou o senador.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR), porém, lembrou o compromisso de votação do projeto no dia 30. Para Requião, o governo deveria ter resolvido a situação no período que teve, desde a primeira vez que o projeto foi pautado, no início do mês. Os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Benedito de Lira (PP-AL) também cobraram o cumprimento do acordo, que estabelecia a votação para o dia 30. Na mesma linha, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que seria uma falta de respeito adiar a votação.

O presidente Renan Calheiros ponderou que, com a negociação de um novo acordo já adiantada, seria mais prudente aguardar o novo projeto. Renan, no entanto, afirmou que não tomaria a decisão como presidente e acrescentou que um adiamento viria somente por “decisão coletiva”.

– Caminharemos melhor pelas decisões coletivas. Se for uma decisão do presidente, será uma decisão para avançar na ordem do dia – declarou Renan.

Aumento
Depois de muita discussão, o projeto foi aprovado, prevendo um aumento que vai variar de 53% a 78,56%, em função da classe e do padrão do servidor. O reajuste deverá ocorrer em seis parcelas sucessivas, entre julho de 2015 e dezembro de 2017, e também dependerá da existência de dotação orçamentária e autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Como contrapartida ao aumento, os órgãos do Poder Judiciário terão de se esforçar para racionalizar suas estruturas administrativas e reduzir os gastos com funções de confiança no prazo de um ano.

– Hoje se conclui uma marcha, uma luta que merece ser celebrada – disse o senador Marcelo Crivella.

O senador Paulo Paim (PT-RS) fez questão de dizer que a maioria dos votos do PT foi a favor do aumento. O senador Cristovam Buarque sugeriu a criação de um grupo de senadores para buscar uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. O objetivo do encontro, segundo Cristovam, é pedir que o aumento não seja vetado. Enquanto os servidores da Justiça cantavam o Hino Nacional nas galerias do Senado e comemoravam no gramado em frente ao Congresso, Delcídio Amaral alertava o Plenário:

– Procurei buscar uma solução de bom senso. Fomos derrotados pela maioria. Quero registrar que esse projeto será vetado e as negociações vão retornar a zero. O governo vetará esse projeto e muitos aqui sabem o porquê: por conta dos desdobramentos dessa proposta que foi hoje aqui aprovada – informou o líder do governo.

A greve continua. Agora é intensificá-la e trabalhar pra que Dilma sancione
Em votação histórica, o Senado rejeitou na noite desta terça-feira (30/6) o adiamento da votação do PLC 28/15, proposto pelo Executivo. O PT foi o único partido a se posicionar pelo adiamento da votação através de sua liderança. Com a rejeição do adiamento, o PLC 28 entrou em pauta e foi aprovado pela ampla maioria dos presentes, contando com votos de diversos senadores do PT, entre eles Lindberg Farias, Walter Pinheiro e Paulo Paim, que de antemão estavam comprometidos com a categoria.

Diante da possibilidade de veto, o senador Cristovam Buarque sugeriu que o presidente do Senado, Renan Calheiros crie uma comissão para pedir à presidenta Dilma que não vete o projeto.

Diretores do Sisejufe comemoram a vitória. Agora, segundo eles, a luta e a grve continua para pressionar Dilma a sancionar

Diretores do Sisejufe comemoram a vitória. Agora, segundo eles, a luta e a greve continuam pra pressionar Dilma a sancionar

O Sisejufe convoca os servidores do Rio de Janeiro a intensificar a mobilização. Não é hora de relaxar. Precisamos mais do que nunca da força da greve para vencer essa batalha definitivamente. “Nós tivemos aqui trabalhando durante toda a tarde desta terça-feira para garantir que a votação acontecesse. Derrotamos o governo hoje e agora vamos continuar lutando e se houver veto vamos trabalhar para derrubar o veto”, afirma o presidente do sindicato Valter Nogueira Alves.

Imprensa Sisejufe, com informações da Agência Senado

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