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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Seis mil servidores nas ruas contra o descaso do governo Dilma

Em assembleia-geral, a categoria vota contra a proposta de 21,3% de reajuste

Em assembleia-geral, a categoria vota contra a proposta de 21,3% de reajuste

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Essa segunda-feira (29/6) foi mais um dia histórico para os servidores do Judiciário Federal do estado do Rio de Janeiro, em luta pela aprovação do PLC 28/15. Cerca de seis mil manifestantes participaram da passeata #NãoTemArrego – a segunda desde o início da greve há 20 dias – no Centro da capital. A avenida Rio Branco foi tomada por faixas de protesto contra a proposta oferecida pelo Executivo, de 21,3% de reajuste.

Com discursos duros, a categoria mostrou toda a revolta com o governo Dilma. Durante o percurso, que incluiu também as ruas Santa Luzia, México, Araujo Porto Alegre e avenida Antonio Carlos, os participantes entregaram cartas para explicar à população os motivos da paralisação por tempo indeterminado e cantaram paródias ironizando os nove anos sem reposição das perdas inflacionárias.

Categoria diz não ao acordo proposto pelo governo

Em frente à Justiça do Trabalho, os servidores fizeram a assembleia-geral da categoria. Eles rejeitaram por unanimidade a proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento ao Superior Tribunal Federal de conceder a reposição de 21,3% em quatro anos. “Incluindo o ano de 2015, as perdas chegam a 52%”, destacou o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira.

Cinco servidores se manifestaram antes da votação. Mário César, diretor do Sisejufe lotado na Justiça Federal Venezuela, defendeu a paralisação dos servidores “pela qualidade de vida, pela democracia e pela independência do Poder Judiciário”. Já Eduardo Brasil, do TRT da Lavradio, lamentou a decadência do serviço público brasileiro. “Amanhã todos devemos parar o trabalho para acompanhar a votação em Brasília.” Fábio de Jesus, do TRT de Duque de Caxias, falou em nome da Baixada Fluminense. Ele lembrou que o ministro Ricardo Lewandowski disse que dependia da mobilização da categoria para pressionar o governo. “Cumpra a sua palavra, aí está a nossa união.” O servidor do TRT, Sérgio Feitosa, lembrou que a luta é pela instituição. “A população, que paga os nossos salários, quer um judiciário forte.”

O diretor Edson Mouta, licenciado do TRF, agradeceu a cada participante da passeata. “Se cada colega não se responsabilizar pela nossa vitória, ela não vai acontecer.” Ele salientou que a mobilização continua, mesmo que o Senado vote a favor da categoria nesta terça-feira. “Estaremos juntos até a vitória.”

Enterro do Judiciário

DSC_1693Antes da assembleia, os servidores encenaram o enterro do Judiciário. No texto, foi ressaltado que quem mais sofre com a precariedade desse Poder é o povo, que precisa da proteção do Estado. “Eis que seus servidores erguem a cabeça e decidem lutar contra essa política nefasta, que vem corroendo nossa sociedade”, leu o Edson Mouta.

Servidores de outros estados também protestam nas ruas

A categoria também saiu em passeata no Distrito Federal, Belo Horizonte, Recife e Salvador. O PLC 28/15 está na pauta da sessão do Senado desta terça-feira (30/6).

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