Max Leone*
Os servidores do Judiciário Federal no Rio decidiram nesta quarta-feira (30/07) entrar em greve a partir do dia 14 de agosto. A posição da categoria no estado foi definida por ampla maioria em assembleia que ocorreu na porta da Justiça Federal Rio Branco. A votação em favor da retomada da paralisação segue indicativo proposto pela Fenajufe de deflagar no mês que vem uma greve nacional para inclusão do reajuste salarial dos servidores do Judiciário e do MPU no Orçamento da União. Na assembleia também foi eleita a bancada do Rio com 11 delegados que vão participar da próxima ampliada da Federação no dia 9 de agosto, em Brasília.
A assembleia seguiu calendário de lutas da Fenajufe para a retomada da mobilização da categoria, deliberado na última reunião ampliada da entidade. Entre as atividades previstas estão o Ato Nacional, em 7 de agosto, a greve nacional por tempo indeterminado e assembleias nos estados até 9 de agosto para preparar a paralisação.
A decisão de retomar a greve no Rio uniu os discursos dos participantes da assembleia. Tanto diretores do Sisejufe quanto membros da oposição defenderam a retomada da mobilização e a paralisação a partir do dia 14 de agosto.
“Há consenso na retomada da mobilização para que o Poder Judiciário pressione o Executivo e garanta o nosso aumento. Temos que definir nosso inimigo, que não é só o Executivo. Neste momento é também o Legislativo, que trava o andamento do projeto que prevê nosso reajuste. Temos que fazer uma greve forte, aproveitar que estamos em ano eleitoral. Mas não podemos apenas responsabilizar o pessoal da Justiça Eleitoral. Todos os demais tribunais precisam aderir. Precisamos de pernas e braços para fortalecer a nossa greve”, conclamou Valter Nogueira Alves, diretor-presidente do Sisejufe.
Servidor do TRE, Rinaldo Martins declarou em defesa da greve que o movimento deve levar em conta a postura do governo federal adota nas negociações com o funcionalismo público. Ele destacou que o Ministério do Planejamento tem sido um grande obstáculo que os servidores precisam enfrentar.
“Em recente negociação com o restante dos servidores federais, o Planejamento deu respostas negativas para pontos como a instituição da data-base e a proposta de reajuste emergencial. O governo disse que só negociaria em 2016. Diante dessa postura, temos que partir para a greve para arrancar nosso reajuste”, afirmou.
Seguindo a convocação da Fenajufe, a assembleia elegeu delegados do Rio para a reunião ampliada no dia 9 de agosto, em Brasília. A pauta prevê espaço para informes da federação e das entidades, sobretudo sobre a participação no dia nacional de lutas nos estados e ato no STF, no dia 7 de agosto. A avaliação do resultado das assembleias a definição do calendário de luta também serão tratados na ampliada.
A votação definiu que dos 11 delegados a que o Sisejufe tem direito de levar à ampliada, sete vão representar a atual direção do sindicato. Outros quatro delegados serão indicados pelo campo da oposição. Divulgaremos em breve a lista completa com os nomes dos delegados.