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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Oficial de justiça Francisco Pereira Ladislau Neto é homenageado em ato público e missa em Barra do Piraí

Sisejufe oferece assessoria jurídica à família do servidor assassinado

Tais Faccioli*

O Sisejufe acompanha todos os desdobramentos do assassinato do oficial de Justiça Francisco Pereira Ladislau Neto. Na segunda-feira (17/11), durante ato em homenagem ao servidor na Câmara Municipal de Barra do Piraí, a diretoria do sindicato anunciou que vai oferecer assistência jurídica à família de Francisco. O funcionário do TRT-RJ, lotado na Vara do Trabalho (VT) daquela cidade, foi morto a tiros na terça-feira (11/11) por Marcos Antônio Dantas Mattos Dias, filho de uma comerciante que seria notificada.

O assassino confesso está preso no Complexo Penitenciário de Bangu, mas há o temor de que ele consiga habeas corpus. ”É extremamente importante que o Sisejufe coloque um advogado de acusação junto com o Ministério Público Federal para acompanhar o processo de perto já que em outro processo criminal o agressor foi declarado inimputável alegando insanidade mental. Então esse é um risco que se corre, de em pouco tempo ele já estar solto”, declarou Glener Pimenta Stroppa, juiz da VT de Barra do Piraí e responsável pelo ato em homenagem a Francisco.

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Mariana Líria, diretora do Sisejufe e oficial de justiça, pede que a morte de Francisco não seja em vão

A cerimônia lotou a Câmara Municipal. O evento teve a presença do desembargador Carlos Alberto Araujo Drummond, presidente do TRT-RJ; de Denise de Paula Almeida, presidenta da OAB local; Paulo Perissé, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho do RJ (Amatra); além de juízes e oficiais de justiça. O Sisejufe foi representado pelo servidor João Marcio e pelos diretores Edson Mouta Vasconcelos, Mariana Líria e Claudio Vieira de Amorim (os dois últimos colegas de profissão de Francisco). Convidada a discursar, Mariana alertou para a situação de insegurança das unidades judiciárias do interior do estado e da Baixada Fluminense.

“Meu início de carreira foi em área rural. Eu rodava horas sem ver nenhuma pessoa, sem sinal de celular. Como Francisco, eu andava sozinha, absolutamente desprotegida. A gente não tem colete balístico, porte de arma profissional, viatura nem agente de segurança à nossa disposição. A gente sequer tem alguma espécie de treinamento”, disse Mariana, que pediu esforço das autoridades competentes para que a profissão de oficial de justiça seja reconhecida como atividade de risco e que a morte de Francisco não seja em vão.

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Missa de sétimo dia em homenagem ao oficial de justiça Francisco Pereira Ladislau Neto reuniu autoridades e moradores de Barra do Piraí

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O diretor do Sisejufe Claudio Vieira de Amorim, que também é pastor evangélico, foi convidado pelo padre Juarez Carvalho Sampaio a homenagear o colega Francisco

Logo após o ato na Câmara de Vereadores, foi celebrada uma missa na Igreja São Benedito em memória ao servidor morto. Na homília, o padre Juarez Carvalho Sampaio citou uma frase do líder do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, pastor Martin Luther King: “O que me assusta não é o crime dos malvados. O que me assusta é o silêncio dos bons.” E pediu aos presentes que não silenciem diante da violência e da injustiça.

O pároco convidou a todos para a Caminhada da Paz, que acontecerá no dia 5 de dezembro, às 9h, na Praça Nilo Peçanha, em Barra do Piraí.

 

*Da Redação

 

 

 

 

 

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