Alto contraste Modo escuro A+ Aumentar fonte Aa Fonte original A- Diminuir fonte Linha guia Redefinir
Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Movimento a Serviço do Brasil mostra como PEC 32 pode precarizar atividade pública e serviços prestados à população

Tema foi destaque de webinário realizado nesta quinta-feira (12/11), com participação do Sisejufe

Movimento a Serviço do Brasil mostra como PEC 32 pode precarizar atividade pública e serviços prestados à população, SISEJUFE

O Movimento a Serviço do Brasil, do qual o Sisejufe faz parte, realizou, na manhã desta quinta-feira (12/11), um webinário sobre os impactos da Reforma Administrativa e do Plano Mais Brasil para os atuais servidores públicos.

A diretora do Sisejufe e coordenadora da Fenajufe, Lucena Pacheco, chamou a atenção dos usuários dos serviços públicos, que sofrerão diretamente os reflexos das propostas contidas tanto na PEC Emergencial – 186/2019, quanto na PEC 32/2020, da Reforma Administrativa. Ela também destacou que servidoras e servidores serão atingidos duplamente, uma vez como executores do serviço e novamente como consumidores destes mesmos serviços, mediante a retirada de direitos e a precarização do trabalho, desde o acesso até a extinção de cargos.

“A proposta prevê a criação de cinco vínculos distintos de contratação: cargo típico de Estado, cargo com prazo indeterminado, vínculo com prazo indeterminado, cargos de liderança e assessoramento e vínculo de experiência, o que irá flexibilizar as regras existentes e precarizar as relações de trabalho, retirando os direitos estabelecidos no Regime Jurídico Único e impedindo a luta pela conquista de novos direitos”, explicou.

A dirigente sindical ainda chamou a atenção para a possibilidade de apadrinhamentos, o que, de acordo com ela, prejudica os serviços ofertados e eleva os registros de adoecimentos laborais e casos de assédio moral, com prejuízo à qualidade do atendimento oferecido para o cidadão.

Outro ponto abordado por Lucena Pacheco foi a subsidiariedade do Estado contida na Reforma Administrativa, que abre espaço para a iniciativa privada atuar no serviço público. “E quem paga essa conta é o Estado. São inúmeros prejuízos para o servidor e servidora, para a sociedade e para o Brasil”, frisou.

No encerramento da fala, a coordenadora conclamou toda a categoria e população a se integrarem ao Movimento a Serviço do Brasil, através das redes sociais da frente, e atuarem no combate à aprovação da PEC 32/2020.

“Vamos movimentar esse país e derrubar essas PECs!”, disse.

Desorganização da Administração Pública e punição aos atuais servidores

O assessor parlamentar do Diap, da Fenajufe e do Sisejufe, Antônio Augusto de Queiroz (Toninho do Diap) também integrou o painel da transmissão virtual e explicou o contexto político e o projeto de governo a que a Reforma Administrativa está inserida.

De acordo com o assessor, direitos como a possibilidade de reajustes salariais e a aposentadoria com paridade e integralidade estão sendo retirados dos servidores através das reformas já implementadas e em tramitação no Congresso. “Como se falar em meritocracria e um serviço público de qualidade se aqueles que são os responsáveis pela execução desse serviço não são motivados, não têm o contrato de trabalho respeitado?”, destacou.

Além da Reforma Administrativa, outras reformas como a da Previdência e as PECs 186 (PEC Emergencial), 187 (dos Fundos Públicos) e 188 (PEC do Pacto Federativo) compõem as medidas do governo para o ajuste fiscal do país.

“Não há nenhuma reforma que trate do corte de subsídios ou de uma reforma tributária que se destine a promover uma reforma solidária e inclusiva, que tribute as grandes fortunas com a mesma intensidade que tributam os salários, o consumo e a produção”.

Toninho do Diap chamou a atenção para as afirmações de que os gastos com o serviço público são elevados, “mas esse gasto nunca ultrapassou o percentual de 5% do PIB e o governo não divulga esses dados e ignora a inflação”.

Na visão do assessor da Fenajufe, a redução de despesas com pessoal através da PEC 32 não se justifica, pois já existem pelo menos três limites de gastos com o funcionalismo público na Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Pode-se afirmar que a PEC da Reforma Administrativa foi concebida para desorganizar o serviço público e justificar a sua transferência para o setor privado; para punir os atuais servidores e submeter os futuros servidores a regras draconianas de gestão de pessoas”, finalizou.

A videoconferência teve, ainda, as presenças do coordenador da Fenamp Alberto Freire Ledur e do diretor da Fenafisco Celso Malhani. Ambos reafirmaram a retirada de direitos e os prejuízos trazidos pela proposta do Executivo aos servidores e toda a sociedade.


O objetivo do Movimento a Serviço do Brasil é promover uma grande campanha de mídia nacional contra a PEC 32/2020 e demais propostas que visam o desmonte da atividade pública no Brasil. Siga o Movimento e esteja integrado nessa luta contra a precarização dos serviços públicos!


No Facebook em: https://bit.ly/389mwRG

Instagram: https://bit.ly/2I5jQtE

Twitter: https://bit.ly/2JCLyi9

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCiXFv-SA2E6lFNvHOjjXbpw

Grupo de WhatsApp: https://bit.ly/32bgnkf

Com informações de Caroline P. Colombo (Fenajufe)

Últimas Notícias