A sordidez com que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, tem atacado a Justiça Eleitoral ao extinguir zonas e cartórios sem ouvir eleitores, servidores e advogados das comunidades afetadas pelo rezoneamento, atingiu um novo patamar na escala da maldade na quinta-feira (24/8). Mendes vai cortar os recursos da folha de pagamento dos tribunais que não deram fim às unidades recomendadas pelos técnicos do TSE.
Até o momento, o que se sabe é que os ofícios com as ameaças de suspensão dos recursos foram encaminhados aos presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais do Rio Grande do Sul e Tocantins. Os ofícios foram expedidos pela intranet do TSE e cobram que sejam extintas 56 zonas eleitorais no RS e 11 no TO. Outro tribunal eleitoral atingido pela determinação de Gilmar Mendes foi o da Bahia.
No comunicado, o presidente do TSE informa que vai suspender os recursos da folha de pagamento referentes às zonas que deveriam ter sido extintas, segundo o determinado pela Resolução-TSE nº 23.520/2017.
A Fenajufe e a direção do Sisejufe classificam a postura do TSE como grave e despropositada, prestando-se apenas à ameaça e coação, com repercussões negativas sobre os servidores lotados nessas unidades. A federação discute a convocação de greve no PJU e MPU, conforme deliberação do Fonasefe que indica greve para o serviço público em 14 de setembro. Também um ato em frente ao TSE deve acontecer nos próximos dias.
Fonte: Luciano Beregeno – Imprensa Fenajufe