Tradicionalmente a Folha estampa em suas matérias o ponto de vista do executivo, não seria diferente desta vez com o PCS
A Folha reproduz falta de informação e mentiras do executivo como a de que o governo propôs “num total inicial de R$ 2,4 bilhões, diluindo o restante nos próximos anos”, como já informado e discutido com a categoria, se o PL 5845/2005 – PCS, fosse aprovado hoje, o valor bruto (sem descontar PSSS e IRRF) não superaria R$ 2,3 bilhões, ou seja, se a proposta do governo fosse
essa, R$ 2,4 bilhões para este ano, teríamos aceitado ontem, pois este valor equivale ao reajuste integral, inclusive sem parcelamento algum.
Além de desinformação, a colunista Eliane Castanhêde demonstra má fé quando coloca o reajuste dos magistrados ao lado do reajuste dos servidores do judiciário federal, como sendo reajuste de funcionalismo federal, todos sabemos que não o é.
O pior de tudo é o desvio de conduta e de caráter demonstrado pela colunista, ao talvez, julgar os outros por si mesma, quando conclui “O agravante é que boa parte deles está envolvida em escândalos e depende ou pode vir a depender de decisões de tribunais”, acintosamente ofendendo a
idoneidade de todo o judiciário, insinuando que os congressistas aprovando o projeto, poderiam ser beneficiados por decisões do STF, em eventuais processos que julguem apuração de escândalos em que se envolveram.
É triste notar que a Folha de São Paulo tenha em seus quadros, uma colunista que demonstra tão poucos conhecimentos a respeito do que escreve, e de parcialidade total, parecendo mais uma porta-voz do executivo.
Por outro lado, a parte positiva da notícia é de que “Na avaliação do governo e de seus líderes, será difícil convencer congressistas a votar contra o aumento”, ou seja, se o próprio governo tem essa consciência, temos nós, categoria, de tomar consciência disso e intensificarmos a pressão.
Outro ponto de lucidez que deve ser entendido por quem na categoria defende o governo Lula (leia-se Fenajufe e sindicatos alinhados), a disposição do governo, Lula “deixou claro que arcaria com o ônus político do veto”, logo, Lula e seu governo são adversários/inimigos dos servidores do
judiciário federal, e como adversários/inimigos devem ser tratados.
Qualquer tratamento diferente dado pelos dirigentes, tem de ser encarado como traição a categoria. A única resposta da categoria é: Não aceitamos a proposta indecorosa do governo! Intensificaremos a greve por tempo indeterminado e até a aprovação final do projeto.
Fontes: Sinjutra/PR e Folha de São Paulo