Mais uma importante etapa foi concluída rumo à realização da pesquisa mais abrangente sobre a saúde do trabalhador e da trabalhadora do Poder Judiciário e do Ministério Público da União. Na última quarta-feira (19/9) dirigentes da Fenajufe e da Fenajud reuniram-se com o professor Emílio Farcas, representante da Universidade de Brasília, responsável pela coleta das informações que vão balizar a pesquisa. O objetivo foi de tratar das questões que compõem o Protocolo de Avaliação dos Riscos Psicossociais no Trabalho, a ser aplicado aos respondentes.
Pela Fenajufe participaram a coordenadora Mara Weber, o coordenador Marcos Santos e o assessor Alexandre Marques. A Fenajud foi representada pela coordenadora Adriana Pondé de Brito, acompanhada da assessora de Imprensa, Crislene Azevedo.
O professor Emílio Farcas explicou que o protocolo aborda quatro eixos, sendo o primeiro, as relações de trabalho e o modelo de gestão adotado na unidade. Já o segundo trafega pelo sofrimento relacionado ao trabalho, gerado por fatores como a falta de reconhecimento, o sentimento de inutilidade entre outros. Também o valor do trabalho tanto para o servidor quanto para a instituição integram o terceiro eixo e o último, busca identificar os danos físicos, psicológicos e sociais causados aos trabalhadores e trabalhadoras do PJU e MPU.
Segundo Farcas, o protocolo conta ainda com um questionário complementar que fornecem dados para a construção do perfil demográfico da categoria, bem como trabalha aspectos específicos.
As federações trabalham para mobilizar as entidades filiadas a sensibilizarem ao máximo os servidores e servidoras nas bases do Judiciário e do MPU a participarem da pesquisa, respondendo o questionário do protocolo. O lançamento da pesquisa está previsto para 22 de outubro e deve integrar o calendário de atividades alusivas ao Dia do Servidor, celebrado em 28 de outubro.
A Pesquisa Nacional de Saúde do trabalhador e trabalhadora do Poder Judiciário e do MPU possibilitará a construção de uma base nacional de dados que dê suporte e formação aos sindicatos, a fim de capacitá-los na ação conjunta para elaboração e disputa de propostas junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O conjunto de dados obtidos com o cruzamento das informações levantadas pelo Protocolo, vão identificar as situações de assédio moral e possibilitar a construção de políticas que permitam combater a prática abusiva, a gestão autoritária e proporcionar um ambiente de trabalho com mais qualidade de vida.
Fonte: Fenajufe