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Fachin afasta Aécio e deputado acusado em delação; pedidos de prisão vão a Plenário

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O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou o afastamento do senador Aécio Neves, presidente do PSDB, de seu mandato. O ministro também recebeu um pedido de prisão preventiva do senador, mas decidiu que esta questão deve ser analisada pelo Plenário da corte.

O deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) também foi afastado do cargo pelo ministro Edson Fachin. Assim como no caso do senador, o deputado também teve contra ele um pedido de prisão que será analisado pelo Plenário do Supremo.

Os despachos do ministro Fachin ainda não foram divulgados. Todas as decisões foram tomadas a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Rocha Loures e Aécio Neves são alvos de uma operação deflagrada nesta quinta-feira (18/5). A irmã do senador, Andrea Neves, foi presa na manhã desta quinta.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Congresso Nacional, nas casas dos investigados e no Tribunal Superior Eleitoral. Na corte eleitoral, as buscas foram na Procuradoria-Geral Eleitoral, que tem sede no mesmo prédio. O alvo foi o procurador da República Ângelo Goulart Villela, também preso nesta quinta.

Todos os pedidos foram feitos pela Procuradoria-Geral da República com base na delação premiada do empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS. O jornal O Globo divulgou na quarta-feira (17/5) trechos da delação, que está sob sigilo.

Segundo o jornal, Joesley apresentou gravações de conversas em que o presidente Michel Temer aprece incentivando o empresário a pagar uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que ele não faça delação premiada.

O senador Aécio Neves, que já responde a seis inquéritos no STF, também teria sido gravado pedindo a Joseley Batista R$ 2 milhões, dinheiro que seria utilizado para pagar sua defesa na operação “lava jato”. A irmã do senador, Andrea Neves, teria feito o primeiro contato com Joesley Batista, em nome do senador.

O deputado Rocha Loures também teria recebido da JBS valores indevidos. De acordo com as informações divulgadas, os valores foram pagos com notas rastreadas e a entrega, filmada. Segundo o jornal Globo, a Polícia Federal teria rastreado o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), que também é alvo de busca e apreensão.

Fonte: Revista Consultor Jurídico

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