O jornalista Fabio Zanini, destaca na coluna Painel, da Folha de São Paulo, que a ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), vai se reunir com representantes da Fenajufe, federação representativa dos servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União, que solicitaram uma audiência para pedir que a corte se coloque em defesa da isonomia na concessão de reajuste a todas as categorias, e não apenas os policiais.
A Fenajufe, diz a nota, é uma das entidades que têm se mobilizado após Jair Bolsonaro (PL) prometer aumento e reservar recursos apenas para os policiais em 2022. Há uma paralisação de servidores marcada para terça-feira (18/1), e a possibilidade de uma greve em fevereiro tem ganhado tração.
A audiência foi marcada para quinta-feira (20/1) e será virtual. A Fenajufe havia solicitado encontro com Luiz Fux, presidente no STF, mas será recebida por Rosa porque ela está à frente da corte até o final de janeiro, devido ao recesso.
“A expectativa é a de sensibilizar a presidência do STF com relação à importância da isonomia, um direito constitucional, e que todos os servidores recebam o reajuste, e da recomposição inflacionária do período”, diz Thiago Duarte Gonçalves, Coordenador de Formação e Organização Sindical da Fenajufe.
“Entendemos o momento da economia no Brasil e por isso não estamos reivindicando um aumento real, apenas uma recomposição emergencial de 19,99%, referente ao período do governo Bolsonaro”, completa.
Ao menos 19 categorias de servidores podem começar a paralisar atividades para elevar a pressão contra o governo por reajustes salariais.
A manifestação desta quarta começará às 10h na frente da sede do BC, em Brasília. Mais tarde, às 14h, o ponto de encontro será no Ministério da Economia, de onde despacha Paulo Guedes.
Os atos, destaca o texto, são considerados uma espécie de advertência ao governo, de quem as categorias esperam receber uma sinalização de abertura de negociações.
Caso contrário, os grupos já preparam novas mobilizações para o dia 2 de fevereiro, quando recomeçam os trabalhos no Congresso Nacional e no STF.
Servidores do Legislativo e do Judiciário também engrossam as articulações para que todos os servidores tenham reajuste salarial.
Fonte: Folha de São Paulo