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Demora na vacinação infantil pode aumentar número de mortes de crianças por Covid-19

Com o avanço da variante Ômicrom e flexibilização das medidas de prevenção associadas às festas de fim de ano, Sociedade Brasileira de Pediatria faz apelo pela imunização de crianças de 5 a 11 anos.

Foto: Agência Brasil/Reuters

Das 2 milhões e duzentas mil hospitalizações por Covid-19 no Brasil, nesses quase dois anos de pandemia, 34 mil registros foram de crianças e adolescentes com menos de 19 anos de idade. Dessas, mais de 2.600 perderam a vida para a doença. Um número chocante se comparado com a taxa de mortalidade nesta faixa etária em outros países.
Segundo pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a probabilidade de morte entre esse grupo no país é maior no Brasil do que na comunidade internacional. Entre as crianças e adolescentes hospitalizados por Covid-19 no Brasil, a taxa de letalidade foi de 7%. Nos Estados Unidos, entre março de 2020 e maio de 2021, foram identificadas pouco mais de 3 mil crianças e adolescentes e 0 a 17 anos hospitalizadas com a doença e a taxa de letalidade foi de apenas 0,5%.

No último dia 24, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) fez um apelo ao governo federal pela urgência da imunização da faixa etária entre 5 e 11 anos, com o imunizante pediátrico da americana Pfizer, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 16. No documento encaminhado ao Ministério da Saúde, a entidade destaca que o país registrou mais de 1,4 mil casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica, doença derivada da infecção por Covid-19, com pelo menos outras 85 mortes em indivíduos menores de 19 anos.

Governo tenta interferir via MEC

Não bastasse o negacionismo do Ministério da Saúde expresso em uma consulta pública para que mães e pais leigos possam “expressar” sua opinião em relação a uma vacina com eficácia amplamente reconhecida pelos órgãos competentes e já aplicada em 39 países, o Ministério da Educação resolveu ser mais um agente nesse processo de atraso.
Nessa quinta-feira (30), o MEC publicou um despacho proibindo instituições de ensino federal de exigirem a vacinação contra a covid-19 para a volta às aulas presenciais. Apesar de a grande maioria dos matriculados na educação infantil pública serem das redes municipais, a medida negacionista do ministro Milton Ribeiro atinge alunas e alunos dos colégios de aplicação, creches e outras unidades ligadas a universidades e institutos federais.

Crianças podem retornar às aulas desprotegidas

Com toda as dificuldades que o governo Bolsonaro está impondo para o início da vacinação para a faixa etária de 5 a 11 anos, os especialistas consideram difícil que todas as crianças estejam imunizadas antes do começo do ano letivo. O Ministério da Saúde informa que a vacina estará disponível para essa faixa a partir de janeiro, mas ainda não há cronograma definido no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

 

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