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Debate sobre caminhos e perspectivas para a luta no Judiciário Federal marca abertura do Planejamento Estratégico 2025

Primeiro dia da reunião aconteceu nesta terça-feira (29/10), no auditório do Sisejufe

A diretoria do Sisejufe se reuniu, na noite desta terça-feira (29/10), no auditório da entidade, para debater o planejamento estratégico para o próximo ano. A abertura teve como tema “Perspectivas para a centralidade da luta no PJU em 2025”.

A análise de conjuntura contou com a participação da presidente do Sisejufe e coordenadora-geral da Fenajufe, Lucena Pacheco; do diretor Valter Nogueira; da diretora Soraia Marca, que é também coordenadora da Federação; e do assessor parlamentar Alexandre Marques. Eles fizeram um debate aprofundado das estratégias e avaliaram as prioridades para o próximo período, com foco nas lutas em defesa da categoria.

Lucena falou sobre o andamento das discussões do Fórum de Carreira do CNJ; fez uma avaliação das ações, lutas e conquistas em 2024 e traçou cenários possíveis para 2025 e 2026. Pensando de maneira mais otimista, o resultado esperado, para a presidente do Sisejufe, é articular uma visão de consenso sobre a reestruturação da carreira e sobre um modelo sindical com apoio das diferentes gerações e cargos para ter um plano de carreira bem-sucedido. “Assim, a gente gera um ambiente mais unido na categoria” afirmou.

“Entendo que seja crucial que a gente trabalhe a construção dessa agenda unificada para contemplar os anseios de valorização salarial, todas as questões da carreira, explicitando mais transparência com conhecimento para que a gente crie essa unidade. É importante também promover o diálogo entre as gerações e entender o que a gente pode dizer para trazer os mais novos para a luta sindical e fortalecer esse sindicato”, acrescentou.

Lucena alertou que é essencial superar as divisões internas que atrapalham o avanço das discussões da carreiras e demais lutas.

“Analisar todos os possíveis cenários é fundamental para pensar qual o caminho que a gente vai seguir”, concluiu.

O assessor Alexandre Marques afirmou que tem uma preocupação com o cenário que se desenha para 2025 e 2026 por conta do acirramento da disputa orçamentária no PJU. “O único momento de reajuste para a magistratura é quando troca a legislatura em 2026, quando os deputados, senadores, ministros podem ter reajuste nos seus vencimentos porque é a mudança de legislatura. E vai ser uma disputa com o nosso orçamento da categoria. Os conselhos superiores estão empenhados em criar diversos benefícios para a magistratura, como sabemos”, diz o assessor, acrescentando que os servidores nunca são incluídos.

Alexandre comentou ainda que os benefícios criados para servidores precisam passar pelo Legislativo, o que não acontece com os juízes. “Qualquer benefício para servidor precisa passar pelo crivo do presidente do Supremo e depois nós temos que ir para dentro do Congresso Nacional, onde já há uma disputa de poder entre o Legislativo e o Judiciário e o servidor que não tem nada a ver com isso está no meio dessa disputa. Tem parlamentar que sabe diferenciar o que é projeto do servidor e o que é projeto da magistratura, mas nem todos fazem isso”, disse.

Alexandre alertou que de 2025 até a concretização do orçamento, para vislumbrar algum reajuste em 2026 para os servidores, haverá uma grande disputa, tanto no Congresso, quanto no próprio Poder Judiciário. “Temos de convencer a magistratura de que temos direito a um espaço nesse orçamento e depois articular com o Legislativo”, disse o assessor, lembrando que houve crescimento da extrema direita e centro-direita e diminuição da esquerda nas eleições municipais de 2024, o que traz reflexos para o cenário político e dificulta o avanço das articulações em defesa da categoria.


Valter ressaltou que é prioritário discutir o fortalecimento da Fenajufe. O dirigente alertou, ainda, que é fundamental manter o foco no debate da carreira e estabelecer metas e prazos para que se conclua com sucesso essa e outras pautas que estão sendo tocadas pelas nossas dirigentes na Federação.

“O próximo período não vai ser fácil. A gente vai ter vários desafios pela frente e grande parte das nossas demandas, daquilo que a gente tinha colocado no papel para cumprir, acabou ficando pelo caminho”, citou o dirigente, dando como exemplo a antecipação da parcela do reajuste salarial e colocar o plano de carreira para tramitar no Congresso Nacional.
“O que a gente puder intervir por dentro do Congresso Nacional é importante que a gente faça e que a gente não atue apenas no âmbito do Judiciário”, ressaltou.

Valter pontuou, ainda, que é essencial que se discuta formas mais eficazes de intervir e debater as pautas de nosso interesse nas diferentes comissões que foram criadas nos tribunais com a participação do sindicato, como as comissões de assédio, de acessibilidade e de gestão de pessoas.

O diretor lembrou que também será preciso, nos próximos anos, pensar formas de manter a categoria mobilizada e engajada nas lutas por direitos.

Soraia fez um panorama de como se dá essa atuação do Sisejufe nacionalmente e apontou, detalhadamente, os desafios que elas, enquanto coordenadoras da Fenajufe e representantes dos anseios da categoria, enfrentam no dia a dia na Fenajufe.

Após as falas iniciais, o gerente financeiro do sindicato Marcelo Nobile, apresentou as contas de 2024, até setembro, e fez uma projeção do orçamento para 2025. Em seguida, Valter Nogueira e Marcelo detalharam o planejamento da Secretaria de Administração, Gestão de Pessoas e Patrimônio.

Na sequência, foram feitas as apresentações das secretarias de Comunicação; Eventos, Esportes e Lazer; Mulheres; e Aposentados e Pensionistas.

Os debates continuam nesta quarta (30/10).

Veja alguns momentos do 1º dia de planejamento estratégico:




 

 

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