Rio – Os trabalhadores do setor público e da iniciativa privada vão fazer manifestações e mobilizações pela manutenção de direitos trabalhistas na próxima quinta-feira. As centrais sindicais e vários sindicatos em todo o país vão organizar atos e eventos para impedir a retirada de conquistas que os trabalhadores consolidaram ao longo dos anos.
No dia 22 está marcado o Dia Nacional de Mobilização com paralisações, passeatas e marchas em todos os estados do país. No Rio, o Sindicato dos Servidores dos Judiciários Federais no Estado do Rio (Sisejufe)promoverá um ato na porta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na rua do Lavradio, no Centro da cidade, a partir das 12h.
Para as lideranças do movimento sindical, o momento é grave e requer esforço conjunto entre trabalhadores das carreiras dos setores público e privado para barrar os ataques aos direitos conquistados com muita luta. O embate será contra a aprovação da PEC 241 e do PLC 54/16, e outras ameaças que avançam na Esplanada dos Ministérios, como a terceirização no serviço público e a reforma da Previdência a ser enviada à Câmara dos Deputados ainda este mês.
Na avaliação das centrais sindicais, as manifestações serão um esquenta para uma possível greve-geral que a classe trabalhadora deve se preparar para fazer a fim de defender seus direitos.
Para o Sisejufe, a realização do ato em frente ao foro da Lavradio tem como foco a defesa de uma Justiça Trabalhista forte como garantia da manutenção dos direitos dos trabalhadores.
A retirada de recursos orçamentários da Justiça do Trabalho é um golpe certeiro nos direitos dos empregados pois inviabiliza o atendimento de qualidade e sucateia os serviços prestados.
“Vemos uma agenda neoliberal de ataques aos trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público, com reforma da Previdência draconiana, fim da paridade, reforma trabalhista, PEC 241, entre outros pontos. A ponta de lança disso tudo é o ataque à Justiça do Trabalho com o corte orçamentário drástico que sofreu este ano e a tentativa de reeditá-lo a fim de sufocá-la e assim prejudicar os trabalhadores que buscam a garantia dos seus direitos. Precisamos resistir a isso unidos com outras categorias”, destaca Ricardo Quiroga, diretor do Sisejufe. (leia a coluna)
Fonte: O DIA