O Coletivo de Técnicos Judiciários do Rio de Janeiro (Cotec/RJ) se reuniu pela primeira vez, nesta quarta-feira (4/3), no auditório do Sisejufe, para discutir a valorização da carreira. A assessora política do sindicato, Vera Miranda, mostrou aos servidores um projeto em discussão desde 2008 que propõe a reestruturação do Plano de Cargos e Salários, incluindo a valorização do cargo de técnico judiciário.
Uma das propostas é a interpolação na carreira, que cria mecanismos para possibilitar que o técnico em fim de carreira se enquadre na tabela salarial alguns níveis acima do analista judiciário em início de carreira, valorizando, assim, o acúmulo de aprendizado do trabalhador.
Vera pediu aos sindicalizados que participem com regularidade das reuniões do Cotec. “A ideia é que nossos encontros tenham uma periodicidade. Espero que venham para as discussões e tragam outros servidores”, disse.
As discussões do Cotec serão levadas para a reunião ordinária do GT de Carreira, que ocorrerá nesta terça-feira (10/3), no sindicato.
No dia 11 de abril, o Coletivo de Técnicos Judiciários se reunirá novamente no auditório do Sisejufe. Esses encontros são preparatórios para o II Contec (Coletivo Nacional dos Técnicos Judiciários), que acontecerá no dia 14 de abril, na sede da Fenajufe, em Brasília, com a participação de todos os sindicatos filiados.
“Estamos construindo um sistema de discussão para levar uma proposta fechada ao encontro nacional”, acrescentou Vera Miranda.
Ronaldo Almeida das Virgens, diretor de Administração de Recursos Financeiros do Sisejufe, ressalta que o cargo de técnico judiciário está iniciando a caminhada para sua extinção e que é preciso mobilização para evitar que isso aconteça. “Há no momento, em Brasília, uma política para nomeação de servidores dando ênfase a posse de analistas judiciários na proporção de 4×1, ou seja, 4 analistas para cada técnico. Continuando com esta política, em pouco tempo os técnicos que hoje são maioria, representando mais de 60% dos servidores, se tornarão minoria. Temos que mudar agora ou perderemos o momento certo para implementar uma política mais justa. Se não agirmos agora, quando em minoria, aí sim, não teremos força para fazer nada mesmo. Vejam o que aconteceu com o cargo de auxiliar judiciário: não existe mais concurso para essa área. Temos que tomar uma posição urgente para evitar que aconteça o mesmo com o cargo de técnico. Temos a oportunidade de valorizar a nossa carreira, mas para que isto aconteça é de suma importância a participação dos sindicalizados nesta discussão. Nós, servidores, somos o sindicato e unidos podemos tudo”, afirmou o diretor do Sisejufe.