Estão abertas, até 28 de janeiro, as inscrições para duas vagas no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para projeto de fortalecimento do Laboratório de Inovação, Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (LIODS), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Uma das oportunidades é para assessor técnico e a outra para assistente técnico de Gestão do Conhecimento.
A parceria tem o objetivo de consolidar a estratégia do LIODS no Poder Judiciário e fortalecer as capacidades do CNJ para a produção de pesquisas em temas relacionados à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para isso, o projeto se dedica a desenvolver estudos e pesquisas, realizar a capacitação de magistrados e servidores do Judiciário, assim como elaborar metodologias quantitativas e qualitativas voltadas à investigação da realidade do atendimento prestado pelo Sistema de Justiça brasileiro com as metas instituídas na Agenda 2030.
Criado por meio da Portaria CNJ nº 119/2019, o LIODS une o conhecimento institucional, a criação e a cooperação. É uma forma de institucionalizar o uso da inovação e da inteligência, promovendo o desenvolvimento de alianças estratégicas e projetos de cooperação, com o envolvimento de especialistas de todos os setores. O objetivo é trabalhar a Agenda 2030 no Judiciário, contribuindo, assim, com o Plano Estratégico do Poder Judiciário e a melhoria das políticas públicas.
São atribuições do LIODS, monitorar e promover a gestão judicial processual e administrativa dos dados da Agenda 2030; elaborar e implementar plano de ação com soluções conjuntas e pacíficas voltadas à melhoria da gestão pública, visando evitar judicialização excessiva, e outras agendas de interesse global; mapear programas e projetos ligados à pauta global da Agenda 2030 e interligar redes de inovação dentro do Judiciário; e apoiar os órgãos do CNJ na buscar de soluções para problemas complexos, tomando por base metodologias de inovação e inteligência que considerem a empatia, colaboração interinstitucional e experimentação.
A cooperação entre os laboratórios de inovação e os centros de inteligência já existentes no Judiciário ampliam a participação, favorecem o diálogo e a análise conjunta de demandas repetitivas ou com grande repercussão social, analisando dados, inclusive o custo econômico, e permitindo a construção de soluções estratégicas e a ampliação da transparência na atuação do Poder Judiciário.
Vagas
A duração da contratação de ambas as vagas para atuação no LIODS é de seis meses, podendo ser renovadas com base em avaliação de performance, até a data limite de vigência do projeto – que é 31 de dezembro de 2022. O assessor técnico será responsável pelo desenvolvimento e acompanhamento das ações do projeto Consolidação dos Laboratórios de Inovação e Inteligência no âmbito do Judiciário, em articulação direta com a equipe do CNJ e do PNUD.
É necessário ter graduação concluída preferencialmente nas áreas de Administração, Economia, Ciências Humanas, Ciências Sociais, Gestão Pública ou áreas afins. No caso da graduação ser em outra área, é aceita por meio de comprovação de três anos de experiência profissional adicional além do mínimo exigido. Também é exigida experiência mínima de cinco anos, profissional ou acadêmica, na área de gerenciamento de projetos ou gestão da informação.
Por sua vez, o assistente técnico de Gestão do Conhecimento apoiará o assessor técnico no desenvolvimento e acompanhamento das ações do projeto Consolidação dos Laboratórios de Inovação e Inteligência no âmbito do Judiciário. Para esta vaga, os requisitos de formação e experiência são similares à do assessor técnico. Mas o tempo mínimo de experiência profissional ou acadêmica na área de gerenciamento de projetos ou gestão da informação é de três anos.
JFRJ já cumpre metas do CNJ
A Justiça Federal do Rio de Janeiro segue as metas determinadas pelo CNJ para integrar os ODSs da ONU ao Poder Judiciário. Em outubro de 2020, promoveu o evento virtual “Os desafios e as perspectivas da Agenda 2030 e a absorção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pelo Judiciário brasileiro”.
O debate fez parte da série de encontros transmitidos pela plataforma Cisco-Webex e que procuraram abordar temas desafiadores para a sociedade, sob o prisma do Judiciário, entrevistando magistrados conhecedores do tema e com a participação ativa de servidores de diferentes áreas. Na ocasião, a convidada foi a juíza federal Priscilla Pereira da Costa Corrêa, titular do 1º Juizado Especial Federal de Volta Redonda e coordenadora do Centro Local de Inteligência da JFRJ.
Em 2020, os Tribunais Regionais Federais apresentaram ao CNJ os seus planos de ação para implantação da Meta. O projeto do TRF da 2ª Região “estabeleceu a estruturação de dados e a construção de uma ferramenta de governança para adoção de medidas voltadas à prevenção e desjudicialização de demandas repetitivas em matéria previdenciária da Justiça Federal da 2ª Região”. Leia os detalhes neste link.
Fonte: Carolina Lobo – Agência CNJ de Notícias / Foto: ONU Brasil