Assim que chegaram a Brasília nesta terça-feira (29/9), os servidores do Rio de Janeiro que integram a Caravana da Vitória foram para o Congresso Nacional dar prosseguimento às articulações políticas pela derrubada do veto 26. Uma equipe foi para o Senado e a outra para a Câmara dos Deputados. O senador Lindberg Farias, do PT, recebeu os servidores para explicar as razões de ter mudado sua posição. Mas se comprometeu em agir a favor da categoria, caso o veto seja mantido. O senador Aloysio Nunes Ferreira, de São Paulo, criticou o fato de a categoria estar em greve há quase quatro meses e só agora ter sofrido ameaça de corte de ponto. Disse que está propondo uma PEC para regulamentar a greve no serviço público. E informou que ainda vai avaliar se dará apoio ao projeto de reajuste salarial do Judiciário.
Já o senador José Agripino, do Rio Grande do Norte, afirmou que continua apoiando a derrubada do veto. Alertou, no entanto, que muita coisa pode mudar nesta quarta-feira por causa da disputa interna do PMDB.
Álvaro Dias, do PSDB, disse que a questão do Judiciário foi muito debatida na reunião de líderes desta terça-feira e que a liderança liberou o voto da bancada. O parlamentar acredita que o partido terá 6 votos pela derrubada e cinco pela manutenção.
O senador Marcelo Crivella explicou que passou o dia 22 de setembro fazendo exames, mas que mantém o voto a favor da categoria na próxima sessão.
Na Câmara, o deputado Hugo Leal (PROS-RJ) relatou que não tem como votar pela derrubada do veto porque é vice-líder do governo. Mas ressaltou que acredita que o veto vai ser derrubado. Por fim disse que, daqui para frente, o reajuste do Judiciário nunca mais será tratado da mesma forma por causa da forte mobilização da categoria.
Marcelo Matos (PDT-RJ) informou aos servidores que a sessão de 30 de setembro provavelmente não iria acontecer por falta de acordo de lideranças. A assessoria do parlamentar reforçou a orientação do partido de votar pela derrubada.
O deputado Washington Reis disse que estará em atividade externa nesta quarta-feira, às 10h, mas deve voltar direto para o plenário. A assessoria do deputado Dr Joao (PR-RJ) reafirmou que ele vota pela derrubada, independentemente da posição do partido e justificou que o parlamentar se sentiu mal na sessão passada, tendo que ser atendido no posto médico, o que inviabilizou sua presença na votação. Cristiane Brasil, do PTB, também reafirmou posição pessoal e do partido pela derrubada.
Alessandro Molon disse, através da assessoria, que mantinha posição pela manutenção do veto, independentemente da mudança de partido, do PT para a Rede. O deputado estava com agenda cheia, mas disse que tentaria receber os servidores para uma conversa.
Nesta quarta-feira, os servidores do Rio irão cedo para o Congresso Nacional, apesar da sessão conjunta, prevista para 11h, correr o risco de ser cancelada. A estratégia será pressionar para que a votação aconteça pelo menos às 18h. 
