A direção do Sisejufe deu início na sexta-feira, 15 de maio, às assembleias setoriais de informes sobre o andamento das negociações para aprovação do PLC 28/15, que garante reajuste salarial da categoria. As primeiras assembleias aconteceram na Justiça Federal da Avenida Rio Branco e no TRE-RJ, na Av. Presidente Wilson.
Nos dois locais, as informações foram passadas pelo presidente do sindicato, Valter Nogueira Alves. O dirigente sindical explicou aos servidores que o PCS 5 não está perdido.
Valter lembrou a tramitação do projeto na Câmara e destacou as estratégias adotadas que deram celeridade à proposta, entre elas a escolha de relatores na CFT e na CCJ que não fossem nem ligados ao governo nem à oposição. E acrescentou: “Ainda quando o projeto saía da CCJ da Câmara, nós começamos as tratativas na CCJ do Senado para que o PL tivesse um relator que também não fosse nem ligado ao governo nem à oposição. Nas conversas que tivemos, o melhor nome para relatar o projeto era o do senador José Maranhão (PMDB-PB), que inclusive é o presidente da comissão. Nós tivemos essa conversa com o diretor-geral do STF, Amarildo Vieira, pedimos que ele comunicasse isso ao presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski e que o próprio presidente fizesse uma solicitação formal ao senador para que ele fosse o relator do PLC 28 na CCJ. Havia outros nomes, mas como Maranhão é o presidente da Comissão, avocou para si a relatoria do projeto. Nas reuniões que tivemos com o senador, ele sempre deixou claro que tinha avocado o projeto para negociar a aprovação.”
O presidente do Sisejufe disse ainda que o senador Maranhão cumpriu compromisso e pautou o PLC para sessão da CCJ que aconteceu há duas semanas. Explicou ainda que o sindicato conversou com todos os parlamentares da comissão sobre a importância do projeto, mas a sessão acabou suspensa por pedido de vista coletivo. Valter avaliou como positivo o fato de vários senadores terem feito discursos favoráveis, reconhecendo a legitimidade do projeto. E contou aos servidores detalhes das negociações na CCJ do Senado, incluindo a informação de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MT) pediu vista do projeto com a condição de que fosse feita negociação.
Líder do Governo, Delcídio Amaral, costurou acordo com presidente do STF
Segundo Valter, o senador Delcídio conversou com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, com a presidenta Dilma e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski para tentar costurar um acordo com chances de aprovação.
“O senador disse que fez um acordo com o presidente do STF para caso o projeto não tivesse acordo orçamentário até a sua aprovação na CCJ, ele faria um requerimento para levar o projeto para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde ele é presidente e se num prazo máximo de 15 dias não sair um acordo com Governo, ele enquanto presidente da CAE avocaria o projeto, daria um parecer favorável pela aprovação e encaminharia o PLC ao plenário para que seguisse o ritmo normal de tramitação”, afirmou.
Segundo o relator e o próprio Supremo Tribunal Federal há dificuldade de mexer no orçamento para incluir verba para implementação do projeto ainda este ano, tendo em visto o impacto orçamentário e o cenário de crise no país. Mas o Supremo aceita alterar a forma de parcelamento.
O presidente do sindicato pediu aos servidores que não embarquem na onda do ‘Deixa Vetar’. “Este não é o momento de enfrentar o risco do veto. É muito difícil derrubar veto. Queremos ver o projeto sendo negociado com viabilidade, para que seja sancionado”, afirmou.
Cenário de ajuste fiscal dificulta, mas não inviabiliza PLC
O presidente do sindicato avaliou que mesmo num cenário de ajuste fiscal fiscal é possível aprovar o projeto. E reforçou que é importante resistir à tentativa do governo de jogar a categoria no ‘carreirão’, que é o projeto geral de reajuste dos servidores federais.
“Não é novidade que o governo é contra o nosso projeto e já até enviou à imprensa dados manipulados, dizendo que o PLC tem um impacto que não tem. O impacto real é de R$ 10 bilhões e não de R$ 25 bilhões como mostrou o estudo do Ministério do Planejamento. Nós não devemos nos deixar abalar pelo que está sendo pautado na imprensa e pelo governo federal”, pediu Valter aos servidores, informando ainda que o projeto está na pauta da próxima quarta-feira (20/5) e que a diretoria vai voltar a Brasília neste dia para lutar pela aprovação na CCJ.
Assembleias e reuniões setoriais continuam até quinta-feira
Nesta segunda-feira, 18 de maio, haverá assembleias setoriais no TRT Antônio Carlos (12h às 13h); na Justiça Federal Almirante Barroso (13 às 14h); no TRF Acre (12h às 13h) e no TRF Dom Gerardo (15h às 16h).
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Fonte: Imprensa Sisejufe